Esse é um tópico que deixa muita gente na dúvida se vai
encarar um concurso ou não. A maioria das pessoas tem medo das questões
discursivas, e os motivos são vários: não saber escrever bem, não conseguir
fazer o texto dentro do prazo, não ter um item para analisar, e basicamente ter
que partir do zero para dar a resposta. E, considerando que normalmente essas
questões/redações têm um peso grande na nota final, a preparação para essa fase
da prova é fundamental.
Primeiro, é importante ter uma boa escrita. Os erros de português podem ir detonando com o seu bom
desempenho de conteúdo. Para isso, estude muita gramática, leia bastante
– de preferência livros de autores brasileiros já consagrados, porque até os
jornais hoje em dia estão cheios de erros – para se habituar à forma certa de
se escrever; faça cursos, se puder, e pratique pelo menos uma vez por semana.
Com uma boa escrita, você tem meio caminho andado.
Segundo, você deve praticar
o conteúdo que será cobrado na discursiva (olha a importância de ler o edital). Muitas bancas pedem textos sobre temas da atualidade. Para isso, veja
(ou leia) jornal, leia revistas – Época, Carta Capital, Veja, Atualidades para
Vestibular e Enem, o que te agradar – e, mais uma vez, pratique pelo menos uma
vez por semana. Você pode escrever sobre o conflito entre Palestina e Israel
numa semana, sobre desenvolvimento sustentável em outra, e por aí vai. Se o
tema da discursiva for de outras matérias, como administração pública ou
direito constitucional, experimente responder as questões com os livros e leis
do seu lado, colocando no papel o máximo de conteúdo possível. Na hora da
prova, provavelmente você se lembrará de uns 60-80%, o que já será suficiente
para fazer um ótimo texto.
Terceiro, você precisa desenvolver um método rápido de elaboração de textos, para aproveitar bem seu
tempo no dia do concurso. Nesse ponto, eu costumo seguir esse passo a passo:
Começar a prova lendo as questões discursivas: como
eu já falei em outro post, se eu não faço a
mínima ideia do que se trata a questão, jogo a toalha e vou embora. Porém,
se eu faço ao menos alguma ideia sobre o tema – ou, melhor ainda, se eu sei
exatamente a resposta –, sigo para o passo seguinte.
Esquematizar sua resposta: leio o enunciado,
procurando exatamente o que devo
responder. Anoto a resposta seca e objetiva, às vezes só as palavras chave. Ao
lado, enumero argumentos, exemplos, conclusões (se necessárias). Assim, quando
for realmente escrever o texto, já terei um direcionamento, e evito o famoso
branco – isso salvou minha pele algumas vezes.
Organizar as ideias em parágrafos: reúno as
informações anotadas em blocos, que formarão os parágrafos do meu texto. Dessa
forma, posso avaliar se faltam argumentos, se algum parágrafo ficou muito
pobre, se tem excesso de informação em algum lugar. Além disso, evito escrever
demais e fugir do tema, ou me estender num assunto e me esquecer de escrever
algo que considero essencial.
Escrever o texto: provavelmente, nesse momento, já
terei feito quase toda a minha prova objetiva, marcado o cartão de respostas, e
terei os últimos 40-50 minutos para fazer meu texto. Como as ideias já estão
organizadas e já sei inclusive a ordem dos parágrafos, basta escrever tudo na
folha de rascunho, utilizando os conectivos, a pontuação – enfim, a gramática.
Nessa hora, avalio se está cabendo tudo no espaço dado pela banca, se escrevi
algo errado etc.
Passar
a limpo: com o texto pronto e as devidas correções que possam
ter surgido, passo o texto a limpo para a folha definitiva, já com a noção do
tamanho final do meu texto, de quantas linhas utilizei, de quais ideias
expressei.
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