segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Apoio externo


Todo mundo que engata um grande projeto sabe da importância de obter apoio das pessoas ao seu redor – familiares, amigos, marido/esposa, colegas de trabalho etc. Mas, infelizmente, nem sempre essas pessoas estarão dispostas a compreender e apoiar seus objetivos – e, quando se trata de estudar pra concurso, essa realidade é bem frequente. Como lidar com isso?

Em primeiro lugar, procure lidar com as pessoas que estão em maior contato diário com você. Se você mora sozinho, será mais fácil estabelecer seu ritmo e suas regras; mas, se você mora com familiares ou amigos – enfim, pessoas que podem influenciar sua rotina e suas decisões –, será necessário decidir até onde irá compartilhar seus objetivos e sua jornada.

Se você recebe apoio dentro de casa, ótimo. Se não é esse seu caso, então você pode apelar para uma conversa, mostrando seu planejamento de estudo, a carreira para a qual está se preparando, os benefícios etc. Se isso não for adiantar para conquistar apoio, talvez seja melhor não comentar sobre esse assunto.

E essa é uma das dicas mais importantes: comente sobre seus estudos apenas com quem irá acrescentar algo bom à sua experiência. Se sua mãe acha que concurso “é tudo uma palhaçada”, se seu melhor amigo acha um absurdo você querer “ficar o dia todo carimbando papel”, se seu vizinho prefere “não se limitar ao contracheque do serviço público”, deixe para conversar sobre concursos com outras pessoas.

Procure aquele parente que dá a maior força nos estudos, ou o amigo que se oferece para estudar com você, ou aquela pessoa que conseguiu uma vaga num excelente órgão e que serve de inspiração para você. Deixe os demais “de fora”, simplesmente evite falar no assunto. Cada um tem seus valores e objetivos de vida, não deixe os outros menosprezarem suas ambições e suas escolhas.

O mesmo vale para aquelas pessoas que acham que você já deveria ter passado no Instituto Rio Branco porque está estudando há mais de um ano, ou aquelas que ficam toda hora perguntando “e aí, já passou em algum concurso?”, ou – pior ainda – aquelas que, depois de você ser reprovado em um concurso que queria muito, ainda soltam um “não te disse?”. Desvie a conversa para outro assunto.

Busque apoio nas pessoas certas, aquelas que irão te consolar quando a aprovação não vier, que irão compreender quando você abrir mão da sexta à noite para estudar, aquelas que dirão “calma, você tá quase lá!”. Nem sempre essas pessoas serão da família ou amigos próximos, cabe a você saber quem está te colocando pra cima e tomar uma certa distância dos comentários negativos.

Afaste-se temporariamente – e na medida do possível – de todas as pessoas que, de alguma forma, arrastam seus pensamentos e sua energia para longe da sua aprovação. Aquele amigo que vive insistindo para você sair no fim de semana e perder “só mais essa aula”, ou o colega que vive dizendo que você deveria parar de estudar para concurso e tentar aquela promoção. Certifique-se de que está cercado de pessoas que acreditam no mesmo que você e que o ajudarão a renovar os ânimos quando for preciso.

Outra dica fundamental em todo o processo é: não faça (nem aceite) comparações! Você é você, e não seu amigo que passou pra Anatel com seis meses de estudo. A comparação é boa quando é feita com seus próprios resultados. Avalie seu rendimento a cada prova, a cada simulado, a cada tarde de exercícios. Desafie-se a atingir um percentual maior de acertos, a ficar entre os cem primeiros em determinada prova, mas jamais se compare com o colega da biblioteca que “sabe tudo e eu não sei nada”. Esse tipo de comparação só serve para desmotivar e fazer você pensar que todo mundo é melhor e todo mundo vai passar antes.

Compare-se com você mesmo, prova a prova, e dê seu máximo. Mas não se iluda: a ideia é você não se comparar com pessoas próximas, para que isso não cause frustração e até desavenças. Porém, não se esqueça de que a concorrência está toda lá. Lembre-se do passo a passo sobre como escolher o concurso, como avaliar seu desempenho etc.

E continue fazendo o melhor com o que a vida te deu. Se não encontra apoio em determinadas pessoas, procure em outras, comece a reconhecer quem está realmente do seu lado e irá apoiá-lo quando as dificuldades surgirem.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Recursos – como e quando fazer



Essa é uma das partes mais estressantes em toda prova de concurso público. Por isso mesmo, algumas pessoas perdem a cabeça durante horas na frente do computador, e outras simplesmente desistem. A verdade é que a fase dos recursos é fundamental para qualquer candidato bem preparado, e é preciso seguir alguns passos para garantir que está tudo ok e para não criar estresse desnecessário – afinal, muitas vezes a própria banca já se encarrega disso!

Em primeiro lugar, veja no edital quanto tempo você terá para interpor recursos ao gabarito preliminar – ou à nota preliminar da discursiva, ou à avaliação preliminar da perícia médica etc. Geralmente, a banca examinadora dá no máximo dois ou três dias (um absurdo, diga-se de passagem). Portanto, atenção. Assim que sair o resultado preliminar, confira sua nota, veja se a banca corrigiu algo errado, se fez alguma soma errada, se você discorda de algum gabarito.

Em relação ao gabarito preliminar de provas objetivas, por exemplo, é muito comum haver fóruns de discussão na internet sobre cada concurso. Neles, você pode encontrar outras pessoas com as mesmas dúvidas, dicas de professores, recursos já elaborados. Além disso, é possível obter informações quanto a recursos nos sites de cursos preparatórios ou em blogs e redes sociais de professores – muitos analisam a prova e deixam seus comentários quanto ao cabimento de recurso. Vale a pena conferir, pois muitos já dão uma análise com um possível recurso, se for o caso.

Nessa hora, não seja “fominha”: não queira achar chifre em cabeça de cavalo, não force a barra tentando cavar pontos de qualquer lugar. Se você não tem certeza quanto ao cabimento de recurso contra determinada questão, consulte algum professor ou especialista, não saia fazendo recursos sem embasamento. Simplesmente não adianta nada.

Alguns professores costumam cobrar (às vezes bem caro!) para elaborar recursos para os candidatos, especialmente em provas discursivas. Mas, se você for encarar essa fase sozinho, aqui vão algumas dicas importantes:

Analise o tipo de erro: houve algum problema no enunciado que gerou ambiguidade? O conteúdo cobrado não consta no edital? Ou você simplesmente discorda do gabarito? Se discordar, veja se aquela questão aceita mais de uma resposta (o que ensejaria anulação), se não há nenhuma resposta correta (o que também geraria anulação) ou se o gabarito veio errado (o que geraria alteração). Peça ao examinador que analise exatamente o equívoco percebido por você, de forma objetiva e justificando seu pedido.

Seja direto: não fique bajulando a “douta banca examinadora”, o “ilustre examinador” etc. Nem fique colocando opiniões pessoais ou juízos de valor, do tipo “eu acredito que...”. Não! Diga apenas o que você quer e pronto. Por exemplo: “Pede-se à banca examinadora a anulação do item, uma vez que o termo ‘x’ gerou ambiguidade, impossibilitando a escolha de uma única resposta correta”; “pede-se à banca a alteração do gabarito de V para F, visto que, ao contrário do que diz o enunciado, a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição Federal, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal expresso na Súmula Vinculante número 5”. E por aí vai... sem puxação de saco nem achismos.

Fundamente seu pedido: como no exemplo citado acima, é importante embasar seu recurso – seja em algum gramático renomado, em caso de questões de português ou de redação discursiva, seja na Constituição, seja em algum autor consagrado, em caso de outras disciplinas. Às vezes, você pode até utilizar como base entendimentos já adotados pela banca em provas anteriores. Sua argumentação objetiva e fundamentada é tudo o que basta para o examinador levar o recurso a sério e fazer uma análise do pedido.

Não copie recursos dos outros: não tem nada a ver com “direitos autorais”, mas muitas bancas simplesmente rejeitam recursos idênticos. Então, se você quer recorrer da mesma questão que o seu colega, não escreva a mesma coisa, e nem dê CTRL+C/CTRL+V no site do professor, pois isso fará com que seu recurso – e de outras pessoas – seja jogado fora. Escreva um texto diferente do que você encontrou, mesmo que tenha os mesmos argumentos.

Salve tudo: arquivos com cada recurso elaborado, gabaritos, cadernos de provas e resultados definitivos. Tudo para comprovar o seu pedido e a resposta da banca, para o caso de você precisar resolver algum problema material ou recorrer ao Judiciário.

Depois disso, relaxe. Não há mais nada que você possa fazer enquanto não sair o resultado definitivo, então vire a página e parta para outros projetos na sua vida – estudar para o próximo concurso, viajar, arranjar um emprego, o que for. E prepare seu coração: todo concurso tem suas injustiças cometidas pela banca. Questões loucas e não anuladas, gabaritos errados e não alterados, gabaritos certos e alterados, tudo pode acontecer. Às vezes valerá a pena comprar uma briga (se o conteúdo não constava no edital, ou se há mais de uma resposta correta para a questão, ou se não há nenhuma, por exemplo), mas, na maioria das vezes, resta apenas engolir seco o que tiver que ser, e torcer pra que aconteça o melhor.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Que tipo de curso escolher?



Uma das melhores formas de aprender o conteúdo necessário pra passar em concurso é fazendo cursos, todo mundo sabe. Mas é preciso tomar cuidado com o tipo de curso que você irá escolher, porque, como todo mundo também sabe, o que mais tem no mercado é gente que gasta milhares de reais em cursos que não farão a diferença para o candidato – só farão a alegria dos donos de cursinhos.

Então, aqui vão umas dicas para você pensar um pouco antes de escolher o curso ideal para a sua preparação.

Cursos presenciais:

Estar em sala de aula, cercado de outras pessoas, em contato direto com o professor, é uma grande vantagem para o aluno. É muito bom poder tirar as dúvidas na hora, responder às perguntas feitas ao longo da aula, e ter um pouco de descontração ao longo daquelas 3-4 horas. Se você é do tipo que não tem dificuldade em se concentrar, maravilha. Toda sala tem aquela galera “do fundão” que não quer nada com a dureza e nem sabe o que está fazendo ali.

Dentre os cursos presenciais, existem os cursos por matéria e os do tipo “pacotão”. Cuidado com estes últimos, pois a tendência é que eles sejam formados por aulas-relâmpago, nas quais o professor vai “vomitar” o conteúdo, e salve-se quem puder. Esse tipo de curso é ideal para quem já sabe o conteúdo, e deseja revisar, aprender alguns pontos específicos ou praticar. Se você nunca estudou pra concurso na vida, essa não é a hora de contratar um curso de pacote.

Para quem nunca estudou as matérias que irá encarar no concurso, o ideal é fazer um curso mais completo, em que o professor passe a matéria toda com calma, com resumos, exercícios, espaço para dúvidas. Se você não puder fazer (ou pagar por) um curso completo de todas as matérias ao mesmo tempo, experimente estudar uma ou duas matérias de cada vez. Vale mais a pena que tentar aprender tudo ao mesmo tempo num espaço de três meses.

(Alguns cursinhos que oferecem cursos presenciais são a Vestconcursos, o IMP, o Gran Cursos, o IGEPP, o instituto Fernando Moura, entre outros...)

Por falar em pagar, algumas instituições oferecem cursos telepresenciais, nos quais é transmitida a aula, ao vivo, para uma tela em uma sala de aula, quase como se o professor estivesse lá. Esse tipo de curso pode acabar saindo um pouco mais em conta que o presencial mesmo, já que é possível transmitir a aula para diversas turmas ao mesmo tempo (um curso que oferece aulas telepresenciais, por exemplo, é a LFG).

Mas se você já estudou o conteúdo que vai cair na sua prova, já tem uma boa ideia e deseja revisar, talvez seja a hora de encarar uma turma de exercícios. Assim, você se habitua ao estilo da banca e já vai para a prova sabendo mais ou menos o que esperar (lembra do fator sorte?). De qualquer forma, é uma ótima escolha pra quem deseja dar uma afinada antes da prova.

Outra forma de escolher o curso ideal é pelo professor. Se não faz ideia de por onde começar, pergunte a amigos que já fizeram aulas, ou pesquise nos fóruns da internet para saber quais professores são mais recomendados. Sempre tem aqueles que lotam todas as turmas, e aqueles que todo mundo se arrepende de ter contratado. Então vale a pena sondar: já que você vai pagar pelas aulas, que seja por um professor que valha a pena.

Cursos à distância:

Estão dentre as maravilhas da internet. Agora, é possível contratar uma variedade de cursos pela internet, tanto em vídeo quanto em PDF. E isso é um “adianto de vida” pra muita gente, por dois motivos: preço e tempo.

Os cursos em PDF estão cada vez mais difundidos, então você pode encontrar muitas opções de preços, professores e conteúdos disponíveis em sites especializados (eu conheço o Ponto e o Estratégia, mas com certeza existem mais). Cuidado na hora de escolher o curso: veja se o professor é bem conceituado, pesquise o nome dele em fóruns de discussão sobre concursos, ou até nas avaliações feitas pelos alunos no próprio site. Alguns cursos não são recomendados por quem já fez, e podem não ser o que você procura. Além disso, se você tem preguiça de ler, pode esquecer essa opção! As aulas são extensas, e apesar de a linguagem dar a impressão de que o professor está falando com você, ainda assim uma aula levará até quatro horas para ser estudada por completo (quero dizer estudada de verdade, porque tem gente que só lê igual à cara e acha que vai resolver alguma coisa). Pense duas vezes antes de sair comprando todos os cursos de uma tacada só.

Os cursos em vídeo são uma ótima opção para quem não tem tempo de ir a um curso presencial todos os dias, ou para quem tem horários muito específicos para estudar, ou também para quem dispõe de um orçamento menor. Por serem em vídeo, esses cursos são muito mais baratos que os presenciais, o que pode permitir que você estude mais conteúdos. Além disso, as aulas são bem mais curtas que as presenciais – apesar de serem em número bem maior –, então é possível encaixar os estudos em intervalos curtos de tempo, como o horário do almoço, ou a meia hora antes de sair para o trabalho etc.

Alguns dos cursos são gravados para que você faça download, outros são transmitidos ao vivo mesmo. Os cuidados que você tem que ter são relativos à sua senha (alguns sites limitam o número de acessos) e à disciplina, já que é você quem irá definir os horários e o ritmo de estudo. Além disso, é importante ter um ótimo acesso à internet, já que os arquivos são pesados, e você não vai querer passar raiva em vez de estudar. Alguns exemplos de sites que oferecem cursos desse tipo são o Estúdio Aulas e a Vestcon.

Claro que há muitas outras opções, mas esse é o básico para você pensar antes de escolher o curso ideal para o momento em que você está. Gastar rios de dinheiro em cursinho não vai garantir que você seja aprovado – e é isso que torna muitos empresários milionários no ramo dos concursos. Então pare, pense em que fase da preparação você está, e escolha o curso que seja mais produtivo nesse momento. Saber fazer essas escolhas faz toda a diferença.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Motivação



Todo mundo que começa um novo projeto tem aquela empolgação inicial, aquela sensação de que daqui a pouco tudo vai estar do jeito esperado, aquela energia inabalável que se abala depois de algumas semanas. O ideal seria que essa energia durasse o tempo necessário para a aprovação, mas a realidade é outra. É preciso alimentar a motivação diariamente para não correr o risco de desistir e “morrer na praia”.

Que bom! Mas como fazer isso? Olha, se tem um aspecto ultrassubjetivo na preparação pra concurso, é a motivação. Cada um se sentirá motivado por coisas diferentes, e isso faz parte do autoconhecimento. Talvez você já saiba exatamente suas motivações, mas talvez vá descobrindo ao longo do tempo. O importante é buscar o que move você e exercitar isso constantemente.

Em primeiro lugar, por que está estudando pra concurso? Quer se casar? Sair de casa? Melhorar o salário? Comprar um apartamento? Ter status? Estabilidade? Bom, faça uma lista de tudo o que fará com que se sinta realizado quando conquistar seu objetivo, tudo de bom que decorrerá da concretização desse sonho. Deixe suas anotações em um local acessível, para que você possa lembrar a si mesmo de vez em quando.

Mas como eu sou uma pessoa muito “fotográfica”, ainda faço montagens com fotos das coisas que quero realizar – e que serão possibilitadas pela aprovação num concurso. Pode ser viagem, coisas materiais, sossego, casamento, festas, enfim... tudo aquilo que eu associe à aprovação de maneira positiva. Costumo deixar essas montagens em lugares bem visíveis (como o descanso de tela do meu computador). É sempre bom visualizar aquilo que traga sentimentos bons em relação ao que se está fazendo no momento.

Vai dizer que não dá vontade de estudar pra Câmara só de pensar nas viagens, compras, spas, cruzeiros etc etc etc? Pode colar o seu na parede, deixar do lado da cama, no teto, no caderno, na capa da Constituição...


Também gosto muito de ver filmes com histórias de grandes conquistas, grandes realizações, de pessoas que superaram diversos obstáculos na vida, de finais felizes (por favor!). Podem ser longas ou filmes curtos, com mensagens positivas, ou palestras, histórias de sucesso. Costumo absorver muito do que vejo e tento trazer tudo para a minha experiência pessoal. “A Procura da Felicidade” é um filme que me motivou bastante desde o início, mas é só um exemplo – que eu até já mencionei antes. Cada um se sente tocado por alguma coisa diferente.

O mais importante, porém, não é nada disso que eu disse até agora. Todas essas dicas dizem respeito a você visualizar o fim, a chegada, a aprovação e seus resultados. Mas e aí? Você vai adiar todos os seus prazeres e alegrias até que venha a nomeação?

Você deve buscar satisfação no processo de se preparar para o concurso desejado. Não adianta só saber que, daqui a um ano, você estará feliz e empossado em um cargo público. É preciso encontrar alegria e prazer no caminho até chegar lá, no ato de estudar, nas suas conquistas diárias.

Lembre-se do quão privilegiado você já é, apenas por estar estudando – por conseguir assimilar conhecimento, por saber ler, por ter ensino fundamental/médio/superior/o que seja, por dispor de algum tempo, por ter tomado essa iniciativa de lutar por um sonho. Aprenda a apreciar a leitura, procure variar seus métodos de estudo e descobrir os que mais te agradam (ouvindo aulas, falando, fazendo resumos, lendo, estudando em grupo), estude ouvindo alguma música de que goste, ou comendo algo gostoso (pipoca, por exemplo – só não vai abusar!).

Sim, tem horas que só o brigadeiro resolve. E não, eu não comi tudo sozinha.


Acompanhe seu desempenho diário, verificando os pontos do edital que já foram vencidos por você, o quanto você já progrediu em termos de nível de acerto de questões, quantas horas da sua semana já foram cumpridas. Imprima o conteúdo programático do edital e vá marcando um “check” nas matérias já estudadas, e aos poucos aumentará a sensação de dever cumprido. Anote diariamente o seu desempenho, indicando se cumpriu seu quadro de horários, quantas páginas lidas daquele livro que você precisa terminar, quantas questões resolvidas, percentual de acertos...

Eu costumo calcular, após a montagem do meu quadro horário de estudos, quantas horas terei estudado no total, até a prova desejada – para isso, vejo quantas semanas faltam para o “dia D”. Por exemplo, digamos que tenho 230 horas de estudo até determinado concurso; assim, sei que a cada dia que cumpro meu quadro horário, estou mais próxima desse total, e passo a valorizar cada hora de estudo como uma contribuição para o total. Uma hora pode parecer pouco, mas fará toda a diferença ao final da preparação.

E pode ser que, ainda assim, seguindo todas essas dicas, você tenha aqueles “dias de cabelo ruim”, em que parece que você nunca vai passar, que todo mundo aprende menos você, enfim... Nessas horas, tenha paciência. Não fique se crucificando por não ter rendido 100% num dia. Se estiver impossível se concentrar, vá dar uma volta, faça algum exercício ou até tire o dia para descansar e fazer algo totalmente diferente, se for o caso... dê tempo a si mesmo. É normal, e daqui a pouco passa. O importante é recuperar o fôlego para retomar, cumprir suas metas e chegar à prova sabendo que fez o seu melhor.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Os prós e contras de estudar em casa



Bom, sei que não é a realidade da maioria das pessoas, muitos estudam em bibliotecas e cursinhos, ou ainda nos intervalos do trabalho ou no horário do almoço. Mas estudar em casa pode ser um grande desafio, ainda mais difícil que estudar em um ambiente próprio de estudo.

O lado bom é que você não encara trânsito, está no conforto do seu lar, com seu banheiro limpo, suas coisas organizadas, a geladeira a três passos de distância. Não é necessário carregar quilos de materiais pra cima e pra baixo, nem separar seu lanche e outros detalhes logísticos de quem tem que passar o dia fora.

O lado ruim é que tudo isso pode ser um ambiente favorável ao maior inimigo do concurseiro: a preguiça. Justamente pelo fato de você não ter que se organizar tanto, pelo fato de estar num meio familiar, com a cama ou o sofá olhando pra você... tudo isso pode acabar com seu planejamento de estudos e induzir à autossabotagem.

Além disso, dependendo de como as coisas funcionam na sua casa – marido/esposa, filhos, pais, cachorro/gato/papagaio, o fato de estar em casa pode direcionar sua atenção para outras prioridades, inclusive algumas que poderiam muito bem ser deixadas para mais tarde.

E outro ponto negativo é a confusão entre estudo e descanso, pois ficar o dia todo no mesmo ambiente pode gerar muito estresse e angústia, se você não souber separar bem o que é estudo e o que é “estar em casa”.

Então, cuidado! É importante seguir algumas dicas que tornarão seu ambiente de estudo em casa mais propício à disciplina e à motivação, sem causar tanto estresse – já basta o que você naturalmente vai ter só pelo fato de estudar muito e fazer várias provas.

Em primeiro lugar, separe o ambiente de estudo do resto: ao acordar, troque de roupa, lave o rosto, não passe o dia de pijama ou com aquela roupa confortável que vai te dar sono daqui a uma hora. Mude a frequência para “agora é hora de estudar”.

Em segundo lugar, avise aos seus familiares que você não estará disponível naquele momento e que não pode ser interrompido. Coloque um aviso na porta, ou um fone no ouvido, algo que os outros vejam e reconheçam que você está no seu momento de concentração. Nem sempre funciona, e talvez você precise de uma conversa mais séria para que os outros respeitem seu horário de estudo.

Em terceiro lugar, organize seu local de trabalho (afinal, concurseiro rala mais que muita gente!): se possível, estude fora do seu quarto, para seu cérebro separar melhor o que é descanso e o que não é. Mais importante ainda: nunca, jamais estude na cama! A não ser que você queira provocar uma confusão mental, pois aos poucos seu corpo e sua mente começarão a associar seu ambiente de descanso ao seu ambiente de estudo/estresse (boa sorte com a insônia). Organize uma mesa com suas coisas, jogue diariamente a bagunça fora, separe a papelada, deixe tudo limpo e organizado, pois a bagunça pode desconcentrar totalmente. Quando terminar sua rotina do dia, deixe tudo organizado e saia de perto, vá fazer outras atividades, desligue a sintonia de estudo e pense em outras coisas.

Local de trabalho: livros, Constituição, canetas coloridas, computador aberto exclusivamente para fazer/reler resumos, mapas mentais etc. A questão aqui é criar um ambiente de foco.


Em quarto lugar, cuidado com as armadilhas de casa: controle rigorosamente seu tempo de estudo, não fique enrolando na hora de lanchar, ir ao banheiro ou descansar. Se for preciso, utilize o relógio para ficar de olho. Desligue a televisão, o rádio e o computador – a não ser que este seja imprescindível aos estudos. Não olhe para o sofá ou para a rede (sério!), mantenha-se focado no seu ambiente de trabalho.

Enfim, estudar em casa pode ser um desafio bem maior que estudar numa biblioteca cheia de concurseiros bitolados – porque afinal, eles dão medo e fazem a gente querer estudar ainda mais. São muitas as armadilhas, e se você não se proteger delas antes, quando se der conta estará no sofá, comendo pipoca, assistindo Sessão da Tarde ou cochilando. Mantenha o foco!