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Mas imprevistos acontecem, e pode ser que algumas coisas
atrasem seu cronograma. Por exemplo, pode ser que você precise ir mais de uma
vez ao banheiro, pode estar passando mal, pode não estar com toda a
concentração necessária. Então aqui vão mais algumas dicas para otimizar o
tempo e evitar o pânico.
Começando pelo português: algumas bancas adoram colocar
textos quilométricos e totalmente
inúteis nas provas de português (isso vale pra inglês, espanhol etc.), o que
acaba tomando muito tempo, principalmente para os que leem mais devagar. Se seu
tempo for curto, salte o texto e vá
direto às questões. Caso elas tratem exclusivamente de análise
gramatical, sorte sua: olhe o período/oração/parágrafo no texto e faça a
análise, você não vai precisar ler aquele capítulo do Machado de Assis pra
responder. Se for sobre redação oficial, melhor ainda, nem precisa voltar no
texto (é CLARO que se a questão perguntar algo referente ao texto, você vai ter
que ler tudo, mas essa não é a regra). Se a questão for de interpretação,
paciência... leia o texto todo com cuidado e garanta seus pontos. Seguindo essa
dica, é possível acrescentar uns bons minutos de prova a outras matérias, ou às
discursivas.
Se sua prova cobrar raciocínio lógico, então, cuidado: se as
questões forem fáceis e você conseguir resolver em cerca de 2 ou 3 minutos
cada, pode ir sossegado. Mas se as questões começarem a ficar difíceis e você
perceber que vai levar um bom tempo, é melhor deixar para o final. Vá para as
questões seguintes, deixe sua prova o mais próximo possível de terminar, e
volte às questões que você pulou. É melhor do que perder minutos e neurônios
preciosos quebrando a cabeça.
Não tem como falar especificamente de cada matéria, mas
ainda tenho umas dicas genéricas: se tem alguma matéria na qual você sente mais
dificuldade e por isso estudou que nem um condenado só pra essa prova, é por
ela que você deve começar. Sua cabeça ainda estará mais “fresquinha” e
descansada, é provável que você se lembre com mais facilidade. Deixe as matérias fáceis pra depois.
Ao longo da prova, vá ponderando o valor de determinadas
questões para o seu resultado: se você empacou numa questão de raciocínio
lógico ou informática, por exemplo, pergunte-se qual é o peso daquela questão no cálculo da nota final. Se o valor
for alto, vale a pena quebrar um pouco a cabeça. Se a questão é “peso um” e
você ainda tem uma prova peso dois pra fazer, não pense duas vezes. Primeiro
faça o que vai te garantir um resultado melhor. Vá sempre do mais importante
para o menos importante. Não se engane pela ordem da prova escolhida pela banca,
muita gente gasta boa parte da energia fazendo prova de português só porque ela
vem primeiro. Pense se há coisas mais importantes.
Por fim, uma dica que sempre me ajuda: se sua prova tiver
questão discursiva/redação, comece sua prova lendo o enunciado! Isso pode ter duas utilidades grandes. Primeiro,
se você não estudou o suficiente para aquela prova e não faz a menor ideia
sobre o tema exigido, adiós. Mas, se
você faz ideia, ou ainda se domina bem o conteúdo, convém já elaborar um
esquema, ou um brainstorming sobre o
assunto, para evitar brancos e confusões na hora de escrever. Além disso,
quando você passar à leitura das questões, pode ser que “pesque” alguma
informação perdida no meio dos itens e que você possa acrescentar na hora de
escrever seu texto. Bom, né?
Algumas dessas dicas também se aplicam à hora de estudar, depois
eu explico. Espero que essas dicas já ajudem e evitem dramas como os que eu já
passei (quase não tive tempo de terminar uma das provas do Senado; e fiz a prova
da Câmara em um local péssimo – o que minou minha concentração – e só me “salvei”
graças aos esquemas de redação que fiz logo no início da prova, porque na hora
de escrever eu já não me lembrava de quase nada!). Evite essas adrenalinas e
deixe toda sua força para fazer uma excelente prova.
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