quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Organizando o tempo na hora da prova – parte II




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Mas imprevistos acontecem, e pode ser que algumas coisas atrasem seu cronograma. Por exemplo, pode ser que você precise ir mais de uma vez ao banheiro, pode estar passando mal, pode não estar com toda a concentração necessária. Então aqui vão mais algumas dicas para otimizar o tempo e evitar o pânico.

Começando pelo português: algumas bancas adoram colocar textos quilométricos e totalmente inúteis nas provas de português (isso vale pra inglês, espanhol etc.), o que acaba tomando muito tempo, principalmente para os que leem mais devagar. Se seu tempo for curto, salte o texto e vá direto às questões. Caso elas tratem exclusivamente de análise gramatical, sorte sua: olhe o período/oração/parágrafo no texto e faça a análise, você não vai precisar ler aquele capítulo do Machado de Assis pra responder. Se for sobre redação oficial, melhor ainda, nem precisa voltar no texto (é CLARO que se a questão perguntar algo referente ao texto, você vai ter que ler tudo, mas essa não é a regra). Se a questão for de interpretação, paciência... leia o texto todo com cuidado e garanta seus pontos. Seguindo essa dica, é possível acrescentar uns bons minutos de prova a outras matérias, ou às discursivas.

Se sua prova cobrar raciocínio lógico, então, cuidado: se as questões forem fáceis e você conseguir resolver em cerca de 2 ou 3 minutos cada, pode ir sossegado. Mas se as questões começarem a ficar difíceis e você perceber que vai levar um bom tempo, é melhor deixar para o final. Vá para as questões seguintes, deixe sua prova o mais próximo possível de terminar, e volte às questões que você pulou. É melhor do que perder minutos e neurônios preciosos quebrando a cabeça.

Não tem como falar especificamente de cada matéria, mas ainda tenho umas dicas genéricas: se tem alguma matéria na qual você sente mais dificuldade e por isso estudou que nem um condenado só pra essa prova, é por ela que você deve começar. Sua cabeça ainda estará mais “fresquinha” e descansada, é provável que você se lembre com mais facilidade. Deixe as matérias fáceis pra depois.

Ao longo da prova, vá ponderando o valor de determinadas questões para o seu resultado: se você empacou numa questão de raciocínio lógico ou informática, por exemplo, pergunte-se qual é o peso daquela questão no cálculo da nota final. Se o valor for alto, vale a pena quebrar um pouco a cabeça. Se a questão é “peso um” e você ainda tem uma prova peso dois pra fazer, não pense duas vezes. Primeiro faça o que vai te garantir um resultado melhor. Vá sempre do mais importante para o menos importante. Não se engane pela ordem da prova escolhida pela banca, muita gente gasta boa parte da energia fazendo prova de português só porque ela vem primeiro. Pense se há coisas mais importantes.

Por fim, uma dica que sempre me ajuda: se sua prova tiver questão discursiva/redação, comece sua prova lendo o enunciado! Isso pode ter duas utilidades grandes. Primeiro, se você não estudou o suficiente para aquela prova e não faz a menor ideia sobre o tema exigido, adiós. Mas, se você faz ideia, ou ainda se domina bem o conteúdo, convém já elaborar um esquema, ou um brainstorming sobre o assunto, para evitar brancos e confusões na hora de escrever. Além disso, quando você passar à leitura das questões, pode ser que “pesque” alguma informação perdida no meio dos itens e que você possa acrescentar na hora de escrever seu texto. Bom, né?

Algumas dessas dicas também se aplicam à hora de estudar, depois eu explico. Espero que essas dicas já ajudem e evitem dramas como os que eu já passei (quase não tive tempo de terminar uma das provas do Senado; e fiz a prova da Câmara em um local péssimo – o que minou minha concentração – e só me “salvei” graças aos esquemas de redação que fiz logo no início da prova, porque na hora de escrever eu já não me lembrava de quase nada!). Evite essas adrenalinas e deixe toda sua força para fazer uma excelente prova.

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