domingo, 22 de dezembro de 2013

Ano novo, cargo novo

Bom, acho que nunca falei aqui sobre como lidar com as ambições na hora de traçar as metas para um concurso público. E ultimamente tenho ouvido bastante sobre esse assunto, acho que pela grande quantidade de editais que foram lançados em 2013, e pela provável escassez que os estudantes profissionais (gostou?) passarão em 2014.

Eu sou do tipo que não para nunca de estudar. Estou sempre aprendendo algo novo, estudando uma matéria nova (pode ser algo pro trabalho, pra um concurso, um idioma, artes, o que for). E sou do tipo ambiciosa - como uma boa sagitariana, tenho mania de achar que a grama do vizinho é mais verde, e é pra lá que eu vou! Por um lado, isso pode me dar aquela "coceira", de nunca estar satisfeita. Mas, por outro lado, isso também me motiva a ir atrás do que é bom, e dar 100% quando quero alguma coisa.

E semana passada escutei uns conselhos de um professor que "por acaso" também é auditor do Tribunal de Contas da União (pausa: meldels, o cara já é auditor e ainda dá aula!), e ele disse o seguinte: se você já está se dando o trabalho de vir pra "porra do cursinho" (sic), então mire lá no alto. Pra que se matar pra passar num concurso que vai te pagar três mil, se você pode se matar pra ganhar vinte? E não é que ele tem toda razão?

Pensa: você já está se dando o trabalho de sair de casa, ir pra aula, pegar seu tempo livre pra estudar, se inscrever nos concursos, ir no domingo fazer prova. Tudo isso pra quê? Quanto vale essa ralação e esse tempo precioso? Vale a pena investir um ano da sua vida pra passar o resto dos seus anos ganhando três mil? Ou será que dá pra forçar um pouco mais o motor e ir logo pra casa dos dez, quinze? Aí entra outra coisa que esse professor/auditor/cabulosão falou: quem estuda pra passar no mais difícil acaba passando nos mais fáceis.

E aí entra também minha experiência pessoal. Desde o início, meu foco foi o Legislativo. Até hoje, meu foco é a "porcaria do Legislativo". Ainda não cheguei lá, mas ainda não desisti. Como sei que esse filé mignon do concurso público é parte das provas mais difíceis e concorridas do Brasil, sempre me forcei ao máximo. Não basta "ir bem" em português, tem que gabaritar. Tem que gabaritar Constitucional, Administrativo, tem que saber a discursiva inteira, tem que saber informática, inglês, tem que tirar 80% ou mais na específica, e por aí vai. É bem aquela coisa, se não aguenta, bebe leite.



Ainda falta um pouco pra eu chegar lá. Porém, nesse meio de caminho já vivi algumas aprovações em concursos mais fáceis (ministério, tribunal), e já tive uns "quases" sem fazer praticamente nenhum esforço específico. Porque, quando você se propõe a chegar no topo, o meio de caminho vem muito mais fácil. Quando você estiver pronto pra passar no melhor, já terá passado em outros muito bons.

Então, fica a dica pra 2014: pense alto, deseje muito, prepare-se pro melhor, pro mais difícil, faças as provas mais faixa-preta, desafie-se! Quem se propõe a correr uma maratona faz 5km batendo papo. E só pra inspirar, fica uma frase que eu adoro, do Nicolas Poussin:



"O que vale a pena ser feito vale a pena ser bem feito".

Feliz Natal e um 2014 recheado de conquistas pra todos nós!

domingo, 25 de agosto de 2013

Como estudar sem dinheiro - parte II

E a internet não para de crescer. Realmente, galera, hoje só não estuda quem não quer. É claro que é preciso saber procurar, tem que ficar de olho nas novidades, mas a verdade é que a cada dia tem mais conteúdo de qualidade e de graça na internet. Então, andei compilando mais alguns portais de conhecimento e vou deixar tudo aqui separadinho pra vocês! ;)

Conheci o site do Catraca Livre por meio do Facebook (pra quem já leu esse post, já falei várias maneiras de tornar o fb mais útil pros seus estudos), e de vez em quando eles divulgam uma série de cursos gratuitos dos mais variados interesses - até origami e gastronomia entram na jogada. Mas é claro que também oferecem cursos sobre gramática, história, economia, redação, idiomas. Além disso, é possível baixar livros gratuitamente. Muito útil para quem está estudando para concursos, vestibular, Enem etc.

Catraca Livre: conteúdo gratuito de qualidade, pode começar!

O Instituto Educere, do professor Marcelo Paiva, tem diversos materiais na seção "Biblioteca", pra quem estuda português para concursos, para o trabalho etc. Você pode baixar manuais de redação de diversos órgãos públicos, além de materiais de gramática, linguagem jurídica e outros. Excelente professor e excelentes materiais!

Os manuais de redação oficial, por exemplo, não são fáceis de encontrar em qualquer lugar.

O Veduca eu conheci por indicação do próprio Marcelo Paiva. É um site que reúne cursos online gratuitos de diversas universidades do mundo (Stanford, Yale, Harvard, USP)! Ou seja, não tem "zé ruela" no meio, só cursos top feitos por alunos top! Pra quem não fala inglês, não tem problema, porque os cursos estrangeiros são todos legendados. Além disso, ao final do curso escolhido, você se submete a um teste, e pode receber um certificado digital de conclusão - chique, or what?! 

Que dia você ia imaginar ter um certificado de conclusão de um curso oferecido pela Universidade de Stanford? Ham?

Por último, ultimamente vi anúncios em relação ao novo site Socialcon, destinado a servir de rede social especializada em concursos públicos. O site é inteiramente gratuito, é como um "facebook pra concurseiro", no qual você pode fazer seu cadastro e ter acesso a materiais, notícias, editais, questões de prova, além de criar contato com outros estudantes e interagir com professores e concurseiros do país. Adorei a ideia, porque vai reunir todo tipo de informação sobre os concursos numa conta só! Já fiz meu cadastro :)

Tudo sobre concursos, com jeito de Facebook
Viu como o universo está conspirando para que você estude? Dá pra se perder com tantas opções, basta você fuçar que vai encontrar um curso na área que você quer, vai reunir informações necessárias, e ainda pode descolar um certificado ou outro (pra te ajudar a ter mais foco e pra te beneficiar no seu futuro local de trabalho)! Vamo que vamo!

ps: Não deixem de olhar o site do ILB (do qual já falei no primeiro post sobre estudar sem dinheiro). Eles sempre atualizam os cursos com e sem tutoria, e sempre oferecem certificados de conclusão.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Como estudar leis específicas

Bom, pessoal, primeiramente gostaria de "comemorar" o fato de o blog (ainda que meio largado ultimamente) estar sobrevivendo firme e forte! Passamos de 3.000 visualizações (e com uma média de quinhentas visualizações por mês)!!! Posso dizer que atingi meu objetivo, que sempre foi o de compartilhar um pouco da minha pouca experiência, dividir ideias que foram descobertas em livros, palestras, outros blogs, conversas com professores, mostrar erros que cometi, para que sirvam de alerta... Enfim, tentar ajudar quem sonha com o serviço público, e quem sabe facilitar um pouco essa luta.

Mãsss, passado o momento "ouuunnti", vamos aos que interessa. A maioria dos editais, especialmente os de nível superior, costuma trazer conteúdos bem específicos, que valem só para aquele determinado órgão, só para aquela carreira, só para aquela área de atuação. Muitas vezes a gente só finge que não existe e reza pra que aquele conteúdo não caia pesado. Mas, dependendo da prova, aqueles pontos podem ser fundamentais, ou aquele conteúdo pode ser tipo metade dos pontos!

Por exemplo, tribunais sempre cobram alguma coisa relativa a seus regimentos internos. Ok, como estudar aquilo sem que tome a maior parte do seu tempo? Afinal, é um conteúdo que só vai servir para aquela prova.

Mais uma vez, você tem que saber qual é o peso daquela matéria na nota final. Se for muito pequeno (digamos que, em 80, haverá 3 ou 4 questões), sugiro focar mais na estrutura e organização do órgão, suas subdivisões, sua hierarquia. É quase obrigatório cair alguma questão nesse sentido. No mais, quando faltar um mês para a prova, faça uma leitura diária (tipo livro de cabeceira mesmo) do regimento, e alguma coisa você vai lembrar na hora do "vamo ver"! É claro que, se você estiver ninja nas outras matérias, pode se dedicar mais.

(já falei sobre a divisão do tempo de estudos nesse post)

Mas pode ser que o regimento seja parte fundamental na sua prova (assim como é para o cargo de Analista Legislativo - Técnica Legislativa da Câmara dos Deputados, por exemplo, em que há cerca de 10 a 20 questões para cada regimento, com peso dois). E aí, salve-se quem puder? Adianta ficar só lendo o regimento?

Nesse caso, recomendo que você separe os capítulos que vão cair (cuidado pra não ler coisas desnecessárias!), e vá subdividindo, até formar pequenos capítulos, que você possa resumir em esquemas e/ou mapas mentais. Leia esse capítulo umas três vezes, sublinhando o que for mais importante. Depois, faça o resumo de modo que faça sentido pra você, com suas palavras, na ordem que achar melhor, com desenhos, cores etc. Acabou? Passe pra próxima leva de artigos, parágrafos, incisos e alíneas, separando novamente por tema.

Pra quem não se lembra, esse é um mapa mental  sobre Lideranças na Câmara dos Deputados. Se a lei/regimento tiver peso muito grande na sua prova, prepare-se pra fazer isso mesmo!


Além disso, lembre-se de fazer anotações na lei específica, verificando possíveis "links" com outros assuntos que estejam em artigos diversos, sempre fazendo a remissão. Por exemplo, você está no artigo 14, que fala de competências do órgão "x". Mais tarde, no artigo 75, você lê algo a mais sobre "x", então é hora de anotar: "ver art. 14, sobre competências"; ou, lá no artigo 14, anotar "o órgão 'x' também tem a responsabilidade tal, ver art. 75". Assim, você vai interligando as ideias e se apropriando melhor do conteúdo como um todo. Estudar fazendo associações tem um efeito muito maior na memória.

Resumos ao longo do texto da lei.
Sempre fazendo referências a outros artigos e até a outras leis ou à Constituição (não, ainda não aprendi a mexer nas fotos!).


Por fim, lembre-se de procurar questões de provas anteriores que tenham cobrado o tema. Faça as questões como todas as outras, olhando a resposta correta, marcando no texto da lei. Mas cuidado: não pense que a próxima prova vai cobrar a mesma coisa! Leis específicas de determinado órgão/carreira costumam cair raramente em prova, e o examinador não vai dar essa bandeira. Estude sim as questões anteriores, mas sempre lembrando que provavelmente outros conteúdos serão exigidos de você! Aqui, seus resumos e esquemas acabarão valendo bem mais que as questões.

(Vale, inclusive, toda vez que for estudar a lei/regimento, elaborar suas próprias questões de prova para resolver uns dias depois, pra ver se você se lembra do que viu. Funciona!)

É uma parte dos estudos bem específica, com exceções à regra de como estudar. Mas são pontos que podem fazer toda a diferença, dependendo do concurso (para a área de regulação, ou para consultor, ou analista de tribunal, e por aí vai...), e não vai ser você que vai dar mole!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

"Quando eu passar, eu durmo!"

Quando a gente entra naquele clima de bitolação pra determinado concurso, a tendência é ir "apertando" onde dá (e onde não dá) pra encaixar mais estudos, mais questões, mais artigos etc.

O primeiro sacrifício é o sono. Muita gente passa a dormir 6, 5, 4 horas por noite, pra garantir mais uns pontos na prova. Acho que todo já ouviu a velha frase "e o que você faz de meia noite às seis?".

Outras coisas vão sendo sacrificadas, como a alimentação. A pessoa passa a estudar enquanto come, passa a comer lanches rápidos - e muitas vezes junk - pra dar tempo de estudar mais, ou passa até a pular uma refeição, ou substituí-la por lanches, miojo e outras besteiras rápidas de fazer/comer.

Além disso, sacrificam-se as horas de lazer (tem gente que simplesmente esquece o que é ter amigos, namorado, descanso), ou as atividades físicas ("quando eu passar no Itamaraty vou contratar um personal"), e por aí vai...

Sim, e sua saúde, onde fica?

Pra piorar, muitas vezes, tanta bitolação e tantos sacrifícios (maléficos à saúde, diga-se de passagem) ainda não são suficientes para a aprovação. A memória falhou, deu branco, falta de ar, enjoo .. Até que um dia você se toca que um organismo saudável pode te jogar lá na frente nessa competição. E, por outro lado, fazer prova com a cabeça a mil e o corpo pedindo arrego pode acabar com todos os meses de preparação.

Em primeiro lugar, valorize seu sono. O cérebro precisa de descanso também, e as informações aprendidas de dia são "processadas" à noite, enquanto você dorme. Não pense que virar um zumbi vai garantir que você passe na prova. Há pessoas que estudam menos horas e, ainda sim, lembram mais coisas que você (não dá ódio?), pois estão com a cabeça descansada. Melhor ter duas horas por dia de estudo com qualidade do que ficar cinco horas estudando naquele esquema de "ler uma página / não entender / voltar no início / ler de novo / se perguntar que assunto é esse mesmo que você está lendo".

Em segundo lugar, coma direito. Comer alimentos saudáveis ajuda a melhorar a memória, a capacidade de concentração e a disposição física e mental para estudar. Não se entupa de chocolate enquanto estuda, não fique comendo coisas que te darão dor de barriga/insônia/sono demais. Respeite seu corpo e jamais pule refeições. Em outras palavras, preparação pra concurso não é hora de fazer a dieta pra emagrecer 15kg em duas semanas, nem desculpa pra se entupir de porcaria e ganhar 10kg em um mês.

(Aqui tem um artigo sobre alimentação correta para beneficiar a concentração e a memória)

Em terceiro lugar, pratique alguma atividade física. Os exercícios são importantes para a oxigenação do cérebro, o que beneficia também a concentração e a memória. Além disso, você provavelmente já passa o dia sentado trabalhando/estudando, então é importante se mexer para ativar a circulação sanguínea, melhorar a respiração e aumentar a qualidade do seu sono (uma coisa vai levando a outra). Mesmo que você não tenha muito tempo, ao menos duas ou três vezes por semana faça alguma coisa - caminhada, dança, luta, musculação, o importante é trabalhar o corpo.

Em quarto lugar, não apele para remédios! Já ouvi histórias absurdas de gente que toma remédio indiscriminadamente (leia-se sem necessidade e sem consultar um médico) só pra conseguir estudar mais. Principalmente, remédios que cortam o sono. Antes de cogitar essas alternativas, lembre-se que seu corpo não é uma máquina, que ele precisa de cuidados, e que remédios podem tanto beneficiar o corpo (dependendo da situação e da necessidade) quanto envenená-lo. E principalmente, lembre-se que isso é uma atitude de quem deseja as coisas na hora e do jeito "mais fácil". Então, tá na hora de pensar nas coisas e resolver se é mesmo essa a atitude que você vai ter diante da vida.

Se você realmente estiver passando por algum problema, consulte um médico. Se não for esse o caso, não recorra a isso, respeite seu corpo. Em vez de remédios, procure vitaminas, chás, alimentos e exercícios que te trarão benefícios de forma saudável e de longo prazo.

Bom, essas são algumas dicas que tive que aprender por experiência própria. Como já mencionei antes, tenho a tendência de aloprar e esquecer o mundo, estudar o dia inteiro, sem malhar, sem comer direito, dormindo pouco... E depois de alguns tombos, percebi que não é essa a receita. Prejudica a concentração, a memória, e não garante um melhor rendimento em prova nenhuma.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Utilidade pública - livros

Por coincidência, hoje falei sobre cursos gratuitos no site do ILB, e agora recebi um e-mail da editora Vestcon anunciando um saldão de livros. De hoje até sábado (25/04), vários livros e apostilas com descontos de até 90%. Mais uma vez, pra quem tá estudando com a grana curta, vale a pena dar uma olhadinha. Só cuidado pra não sair fazendo "compra de mês", veja quais materiais estão faltando e depois confira se eles têm pra vender.

O saldão acontece na 906 norte (pra quem mora em Brasília) ou também pelo site da Vestcon.

Cursos gratuitos

Já falei sobre esse tipo de curso quando escrevi sobre estudar sem dinheiro. Como o Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), vinculado ao Senado, está com inscrições abertas para cursos com tutoria, resolvi divulgar mais uma vez. Os cursos são ótimos, e o Instituto emite certificado aos alunos aprovados na avaliação final. Tem conteúdos importantes pra quem quer trabalhar no Legislativo, tem pra quem estuda pro Itamaraty, e pra quem estuda pra concursos da área administrativa também (orçamento, administração pública etc.).

Entra lá: http://www.senado.gov.br/senado/ilb/

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Aplicativos para estudar

Quando falei sobre estudar sem dinheiro, mencionei os aplicativos gratuitos para celular/tablet como uma das vantagens da internet na jornada dos concursos. Baixei alguns mais conhecidos e testei pra dizer no que cada um pode contribuir.

Um que eu achei bem simples e bacana é o "Acentuando". O nome é autoexplicativo, é um jogo em que você responde a uma bateria de 50 questões sobre acentuação. Para cada 10 acertos, você ganha uma vida a mais. Mas o mais legal é que, a cada questão, você já recebe automaticamente a resposta com a regra gramatical usada naquela palavra. Bem simples, mas depois de 50 questões, você já fica careca de saber aquelas regrinhas. O aplicativo está atualizado em relação ao novo acordo ortográfico, e você pode escolher três níveis de dificuldade pra jogar.


Outro bem interessante é o "Gabaritar". Nele, você segue três etapas: planejar, estudar e acompanhar. No planejamento, você escolhe o edital da prova que deseja fazer (depende se o concurso é federal ou estadual, e se o grau de escolaridade é médio ou superior). O aplicativo baixa os editais da internet de acordo com o cargo escolhido (se nenhum dos editais for o que você quer, é possível escolher o "edital genérico" e personalizar). Uma vez baixado o edital, o aplicativo já diz quantas horas de estudo são necessárias para cada matéria (essa estimativa eles fazem de acordo com os primeiros colocados em concursos anteriores - legal, né?). Depois, você define as datas de início e término dos estudos, com base na data da prova ou na quantidade de horas diárias de estudo. A partir daí, é hora de estudar: você seleciona a matéria a estudar e inicia a contagem do seu tempo de estudo. Ao terminar, salva o que foi cronometrado, e o aplicativo vai gerando estatísticas pra você acompanhar quanto da sua meta já foi cumprido, quais matérias estão mais avançadas etc. Bem completo, ajuda a manter a disciplina. Além disso, esse app tem um feed de notícias sobre concursos, com informações extraídas de vários sites especializados no assunto, além de vários simulados pra você praticar (com direito a estatísticas de acertos).


Uma versão bem mais simples é o "Aprovado". Para iniciar a atividade, você cadastra uma matéria a ser estudada, e seleciona se o tempo de estudo será registrado manualmente ou por meio do cronômetro do aplicativo. Depois, é só pôr a mão na massa e estudar, salvando o registro dos estudos ao final da atividade. Você consegue um controle rigoroso do seu tempo de estudo, pois o app registra todas as suas atividades, separadas por dia, semana e mês. Você pode ver o que já estudou através do histórico, e também por meio de um gráfico, que diz quanto do seu tempo de estudo foi dedicado a cada matéria (tem tudo a ver com o post anterior!).


Um que eu já mencionei aqui no blog é o "FreeMind", usado para elaborar mapas mentais. Com ele, você vai resumindo o conteúdo estudado por meio de "ramificações", que você utiliza para subdividir determinados assuntos. Você pode usar recursos visuais, como pequenas imagens, tamanho da fonte, cores etc. (as opções são poucas, mas é só usar a criatividade). Os arquivos ocupam pouquíssimo espaço no computador/tablet/celular, então é possível armazenar bastante conteúdo num lugar só, e levar para a sala de aula, biblioteca, sala de estudos...

Com certeza existem muitos outros, mas esses você encontra facilmente e de graça! É ótimo pra auxiliar na concentração, pra aprender assuntos novos sem se cansar, pra retomar conteúdos mais pra frente, e foge do óbvio livro+caderno. Eu adoro ;)

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Concentração

Hoje recebi um email do site do professor Rogério Neiva (que eu já tinha divulgado antes), sugerindo uma técnica bem simples para aumentar a concentração, e achei que não custaria nada divulgar por aqui.

Basicamente, a ideia é fragmentar seu tempo de estudo em pequenos intervalos (de 15 a 45 minutos), de modo que você acompanhe seu rendimento ao final de cada intervalo. Você pode usar um cronômetro pra isso, e assim você vai ficar mais focado, sabendo que tem apenas 20 minutos, por exemplo, para concluir aquela etapa do seu estudo.

Time is money!


Essa é, basicamente, a utilidade de se montar o quadro horário de estudos, que eu considero fundamental pra que o estudo seja focado, e você não fique estudando aleatoriamente, gastando tempo em coisas que não mereceriam tanta atenção.

Mas fragmentar ainda mais o tempo de estudo realmente é muito bom. É meio psicológico mesmo: em vez de ter duuuuas horas pra ficar estudando raciocínio lógico (e aí, entra a enrolação entre uma questão e outra, a "viagem" enquanto tenta lembrar a fórmula etc.), o cérebro se mantém mais ativo se você estipular metas pequenas. Em uma prova de concurso, é comum termos apenas 2 minutos por questão, por exemplo. Então, desafie-se a resolver 10 questões em 20 minutos. Conseguiu? Ótimo! Mais 20 minutos, mais 10 questões. Senão, quantas você resolveu? E quantas acertou? Ao final das mesmas duas horas, você já produziu seu próprio feedback, e já pode traçar metas diferentes para a próxima vez que for estudar aquele assunto.

Concurso é isso mesmo, é saber trabalhar sob pressão. Acertar 10 itens de direito constitucional em casa, comendo mosca, é tranquilo. Tem que acertar os mesmos 10 itens suando frio, com 40 segundos pra cada, controlando a ansiedade de fazer uma prova importante pra sua vida... E se não treinar isso em casa, não vai ser no dia da prova que você vai aprender.

Uso bastante a dica do professor Rogério, e recomendo não só o artigo, como todo o site dele. ;)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Onde o Facebook entra nessa história...

Eu já falei sobre a utilidade das redes sociais antes, mas acho que vale a pena falar especificamente sobre o Facebook. Afinal, vamos aproveitar o bichinho enquanto não inventam outra coisa. Quem nunca estudou dando aquela butuca de vem em quando no computador ou no celular? Então, ao menos torne suas escapadas mais úteis.
Mark Zuckerberg curtiu esse post :) tá... sou mongol.

Pra quem tá estudando, é interessante sair adicionando professores de cursinhos ao seu grupo de amigos. A maioria cria perfis nas redes sociais justamente para promover seus cursos e livros. É claro que, pra isso, estão sempre à disposição pra tirar algumas dúvidas e dar dicas de prova sobre determinada matéria. O Granjeiro, o André Alencar, o Claiton Natal, o Léo Matos, a Andréia Ribas, o Emerson Caetano, o João Trindade, e vários outros (dependendo da sua cidade, dos cursinhos que você conhece...),enfim, é só sair procurando por nomes de professores e você vai usufruir de várias dicas, questões, entendimentos atualizados etc. Muitos ainda sorteiam livros e cursos, divulgam promoções, aulões e por aí vai.

Além disso, é muito comum encontrar grupos de estudo para concursos específicos, em que as pessoas reúnem materiais, questões, dúvidas, gabaritos, boatos e angústias. Vale a pena dar uma conferida (procurando pelo nome do órgão que você quer, por exemplo), pode ser que você ainda não tenha ouvido falar de uma nova jurisprudência, ou das últimas de atualidades. Pode ser que alguém saiba quando vai sair o edital, ou descubra antes de você qual vai ser a banca examinadora, tudo vale para melhorar sua preparação.

Para quem está na agonia pós-prova, a maioria dos professores posta textos e até vídeos com as questões comentadas. Muitos ficam online no dia da prova, só esperando algum candidato chegar em casa com o caderno e postar as questões no Facebook pra já começarem os comentários. É muito útil pra quem acha que não foi bem (assim já vai vendo tudo o que errou), e principalmente para a hora dos recursos, porque, se você acha que alguma resposta sua (ou do professor) não bateu com o gabarito preliminar, você já teve tempo de ir bolando seu recurso.

Falando em recurso, tanto os perfis dos professores quanto os grupos são excelentes para você reunir informações acerca desse assunto! Você pode ir comparando suas respostas com as de outras pessoas ou com as sugestões dadas pelos profs., pode ter acesso a redações que tiveram notas maiores que a sua (isso ajuda demais a montar o recurso de conteúdo das discursivas), e poupa bastante tempo e bastante dinheiro com essa história. Provavelmente, você só terá que pagar algum profissional para montar seu recurso em último caso (e quando eu digo último caso, digo se o tema for absurdo, ou se você estiver numa posição em qualquer 0,2 fará a diferença!). Fora isso, dá pra se virar numa boa.

E, para quem já está na fase de esperar - resultados definitivos, nomeações, aposentadorias no DOU, criação de vagas -, com certeza tem muita utilidade entrar nos grupos de aprovados e/ou excedentes para ter acesso a todas essas informações (quem está próximo de ser chamado sabe como é acompanhar diariamente as publicações no DOU, e isso é ótimo para quem está um pouco mais longe). Você também pode já ir descobrindo como funciona o esquema de nomeação, posse, lotação e rotina de trabalho no órgão para o qual passou, entre outras informações preciosas. Além disso, depois de ser chamado, pode ajudar os próximos desesperados da fila!

Viu que nem é só de fofocas que vive o Facebook? Não vá usar isso de desculpa pra estudar com o celular na mão, mas, já que todo mundo acaba usando as redes sociais, trate de fazer o melhor uso possível. ;)



ps: se você conhecer e quiser sugerir outros professores, ou divulgar grupos, ou se você tiver outra dica Facebookística, compartilha aí.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Pipoca e atualidades

Eu já falei antes sobre a necessidade de conciliar suas atividades do dia a dia com o aprendizado pra concursos. É muito importante ter uma folguinha de vez em quando, mas mesmo nos momentos de lazer é possível acumular conhecimento, ficar por dentro dos temas atuais e, principalmente, desenvolver um raciocínio crítico, fundamental para a prova e para o resto da sua vida.

Hoje estava lendo um artigo sobre filmes que podem ajudar para concursos, e resolvi dar uma atualizada nas dicas aqui do blog. Algumas das sugestões podem já ter sido mencionadas, mas outras são bem recentes e valem a pena demais.

Dessa lista ainda falta assistir a vários, mas os que vi eu recomendo. Xingu é uma história maravilhosa sobre a ocupação do Brasil e a jornada dos irmãos Villas-Boas para proteger os povos indígenas e criar uma grande reserva natural. O filme traz questões como o choque cultural, a luta pela posse de terras e a demarcação das reservas indígenas, temas polêmicos até hoje (lembra da Raposa Serra do Sol? Se não lembra, pode abrir já o Google!). Muito bem feito e muito bonito.


Margin Call - O dia antes do fim - trata do ponto em que estourou a crise de 2008, nos Estados Unidos. Não é bem um filme-documentário, não vai ficar explicando toda a crise e todas as causas, é mais um relato sobre a "bolha" gerada dentro do mercado financeiro. Eu, pelo menos, gostei. Aliás, difícil não gostar de um filme com Kevin Spacey. E o tema ainda continua bastante atual - para quem acompanha as notícias, os EUA pretendem processar a agência de classificação de risco Standard & Poors, por fazer supostas avaliações enganosas de riscos de títulos.


E o grande vencedor do Oscar, claro, ninguém pode deixar de assistir. Argo venceu o prêmio de melhor filme da academia, e seu tema é a revolução islâmica do Irã, ocorrida em 1979. Naquele ano, o então governante "Xá" Reza Pahlevi foi derrubado do poder e substituído pelo líder islâmico (aiatolá) Khomeini. Desde então, a relações entre EUA e Irã foram se deteriorando e, até hoje, eventualmente ocorrem trocas de ameaças, já que o Irã, atualmente governado pelo aiatolá Ali Khamenei e pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad, vem sendo acusado de enriquecer urânio com a finalidade de produzir armas nucleares. O filme tem foco no resgate de diplomatas norte-americanos que ficaram presos na embaixada do Canadá, o que gerou uma operação digna de um filme do Oscar, realmente.


E esses são só alguns dos filmes sugeridos nesse artigo da Globo. Vale a pena assistir a todos eles, alguns são verdadeiras aulas, e você aprende sem se entediar, o que é melhor ainda! Você aprende sobre história, geografia, temas da atualidade, e enriquece seu conteúdo para as provas (deu pra ver que cada filme já "puxa" uma série de assuntos, né?). Então, no fim de semana, ir ao cinema ou alugar um filme pode ser uma ótima pedida pra relaxar e se manter firme no seu objetivo maior. ;)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Quando o edital pega você de surpresa


Você vem estudando administração de materiais há seis meses, fazendo duzentas questões de arquivologia por semana, revisando gestão de pessoas que nem um condenado, quando, de repente... Ié ié! O edital do TJDFT sai e não era nada disso que você estava imaginando!

“Já era, vou estudar pra outro concurso...”

“Mas eu não faço ideia sobre Direito Civil...”

“Não dá tempo de estudar essas matérias todas...”

Essas são as ideias que vêm à cabeça quando sai um edital diferente do que a gente esperava. E é nessas horas que a concorrência dá aquela afunilada enorme, muita gente sai debandando pra outros concursos, e os que ficarem vão encarar um nível de competitividade bem menor. Pense nisso.

É fundamental saber conciliar mais de um concurso ao mesmo tempo, e saber quando é a hora de mudar de estratégia. Se você vem estudando para concursos de nível médio da área administrativa, provavelmente sabe que as carreiras dos tribunais são muito boas em comparação a muitas outras por aí. Se você acompanhou o último concurso do TJDFT, sabe que foram chamados mais de dois mil aprovados.

Será que vale a pena jogar tudo pro alto e se dedicar a um concurso com edital tão diferente? Nessas horas, é importante questionar sua chance de ser bem sucedido: se o órgão costuma chamar centenas de pessoas, você não precisa ser mestre em Direito Civil ou Processual para ficar dentro da lista de aprovados. Se conseguir fazer pouco mais que metade dos pontos em cada uma dessas matérias diferentes, seu bom desempenho nas matérias básicas (que você já vinha estudando para outros concursos) poderá garantir uma ótima colocação.

(E quando digo ótima colocação, digo que basta ficar entre os mil primeiros para ser chamado).

Ok! Agora, a estratégia é você se dedicar 100% às matérias específicas desse edital. Largue todo o resto (supondo que você já vinha estudando as matérias básicas) e, até a data da prova, estude somente o conteúdo específico, faça muitas questões, dedique-se totalmente. É muito mais fácil partir do zero e chegar a 50-60% de aproveitamento em matérias que você nunca viu, do que ficar tentando passar de 60% a 80-90% nas matérias que você já vinha estudando. Ou seja, seu desempenho subirá consideravelmente, já que você não vai esquecer tudo só porque ficou um mês ou dois sem estudar as matérias básicas. Se achar muito drástico estudar só as específicas, faça provas completas no final de semana, sempre medindo seu desempenho.

E lembre-se: quando um edital sai completamente diferente do que você estava esperando, pode ter certeza de que todos foram pegos de surpresa, não só você. E pode ter certeza de que uma boa parte das pessoas vai dar pra trás e tentar outra coisa. Não se intimide com editais diferentes. Primeiro, analise suas chances, pesquise quantos devem ser chamados, avalie as possibilidades. Se há vários outros concursos para a área que você quer com edital aberto, talvez não seja a hora de mudar de ideia. Mas esse edital do TJDFT é um bom exemplo de que às vezes é preciso repensar sua estratégia.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A primeira aprovação


Chega dá uma adrenalina só de pensar, né? Ufa! A hora da virada, a hora de comemorar, a hora de contar pros familiares, a hora de fazer novos planos.

E sim, a hora de tomar alguns cuidados.

Em primeiro lugar, se você foi aprovado em algum concurso, merece comemorar demais, sair com os amigos, com a família, tomar uns drinks, enfim, festejar!

Depois de comemorar sua aprovação, preste atenção em alguns detalhes para evitar estresse e facilitar sua vida quando sair a nomeção.

Em primeiro lugar, se você foi aprovado, mas não dentro das vagas, cuidado: pesquise a real chance de ser nomeado, verifique o prazo de validade do concurso, ligue no setor de Recursos Humanos do órgão/entidade, fique por dentro. Se há 280 vagas para o seu cargo, você ficou em 302º e o concurso é válido por até quatro anos, seja feliz: é bem provável que seja nomeado (veja bem, eu não disse pra largar os livros)! Mas se há duas vagas, você ficou em 25º e o concurso é válido por até dois anos, mantenha-se firme nos estudos. Estar no cadastro de reserva, em regra, não significa nada enquanto não sair a nomeação.

Mas se você está dentro das vagas previstas no edital e o concurso já foi homologado, só alegria! Você tem direito à nomeação, e basta ficar de olho na data em que será convocado. Para isso, fique de olho em alguns aspectos:

É importante saber quando ocorrerá a nomeação, para já tomar providências relativas a documentos e exames médicos. Se a nomeação estiver próxima (menos de três meses), já pode começar a providenciar exames médicos, caso o próprio órgão/entidade não os realize e você tenha que agir por conta própria. Entre no site ou ligue no RH e obtenha a lista de exames necessários, para já ir agendando o que for necessário. A maioria tem prazo de validade de 90 dias.

Também é importante atentar para os documentos exigidos. Alguns exigem comprovação – por exemplo, certificado de conclusão do ensino médio –, outros demoram (e muito!) a ficar prontos, como algumas certidões criminais negativas. Inclusive, se você é de uma cidade diferente de onde tomará posse, pode ser que tenha inclusive que ir à sua cidade de origem para providenciar alguns documentos. Comece a entrar nos sites respectivos e pesquisar.

Além disso, veja se seu cartão de vacinas está atualizado, se o órgão exige alguma vacina específica. Senão, já comece a providenciar também. Vá tirando cópias de todos os seus documentos, providencie um conjunto de fotos 3x4 (lembre-se que a foto irá para o seu crachá! Não vá entregar aquela foto descabelada com cara de morto-vivo), tudo para acelerar sua posse quando sair a nomeação. Assim, se houver alguma pendência, provavelmente será algo rápido de se resolver, e você não ficará estressado à toa.

Tem gente que acha que quando sai a nomeação, é hora de tirar férias, “porque você vai ter trinta dias para tomar posse e mais quinze para entrar em exercício... vá viajar!”. Mas a realidade é que esse tempo pode acabar sendo curto se você não tomar cuidado. Sempre há uma série de coisas para providenciar, e se ficar bocejando e enrolando pode até correr o risco de perder as datas. Além do mais, se deixar para tomar posse e entrar em exercício depois, lembre-se de que as vagas existentes já vão sendo preenchidas, e isso pode reduzir suas chances de conseguir ser lotado em um lugar mais legal quando começar a trabalhar. Resumindo: pense duas vezes!

Agora o maior cuidado que você deve tomar: se esse não é o concurso que você estipulou como meta, se esse ainda não é o cargo na carreira que você deseja, não se acomode! Essa é a melhor hora pra dar um gás e se manter firme na preparação para sua meta final. Você já atingiu um nível bom de conhecimento e experiência de provas, e já sabe que SIM, é capaz de passar em concurso. Então, descanse um pouco, mas retome o mais cedo possível os estudos, porque deixar pra pegar nos livros só daqui a não-sei-quantos-meses pode ser uma armadilha – vai que você começa a achar seu salário uma gracinha, ou pega uma função e esquece o que você realmente queria!

Lembre-se do seu objetivo final e aproveite esse momento de conquista e autoconfiança pra dar uma renovada nos ânimos e se manter firme nos estudos. É muito mais fácil continuar estudando (mesmo que seja num ritmo menor) do que tentar recuperar informações daqui a um ou dois anos, quando outras leis terão sido criadas, outros conteúdos terão começado a cair em provas, outro acordo ortográfico terá entrado em vigor etc (já dá coceira só de pensar)...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Como utilizar os diferentes métodos de estudo


Assistir às aulas, ler livros, decorar artigos, explicar conteúdos, fazer resumos, resolver questões... Existem diversas maneiras de fazer um conteúdo entrar na sua cabeça, e é importante dosar/experimentar as formas de estudar. Primeiro, porque o cérebro trabalha com diversidade, então, quanto mais você varia as formas de fixar um conteúdo, mais você vai lembrar na hora da prova. Segundo, ninguém merece ficar oito horas por dia lendo a Constituição!

Além disso, também é importante que você saiba usar os métodos de estudo a seu favor, de modo que você aproveite bem o tempo disponível até o seu concurso. Então, vou sugerir algumas variações de métodos (que eu costumo usar), de acordo com a proximidade da prova / disponibilidade de tempo. E não se esqueça de ter sempre um quadro horário de estudos!

Se faltam seis meses ou mais para a sua prova, você está na frente de muita gente que vai esperar sair o edital pra correr atrás do prejuízo. Então, aproveite o tempo para ler a doutrina (os livros de constitucional/administrativo/penal/o que for cair na sua prova), grifando as partes mais importantes, resumindo capítulos. Essa é a melhor hora para ler! Estude sempre com a Constituição do seu lado, sempre lendo os artigos que forem mencionados nos livros, fazendo as anotações necessárias etc.

Aproveite também para resolver muitas questões de prova, sempre se lembrando de ir fazendo o seu “mapada mina”, conforme já expliquei um tempo atrás. Normalmente, sigo o seguinte roteiro: assisto à aula (presencial ou não), se for o caso; releio o caderno; leio o respectivo conteúdo no livro; leio os respectivos artigos na CF, se for o caso; faço um resumo do conteúdo; e resolvo questões até esgotar o assunto. Então, dá pra ver que é uma tática que leva bastante tempo (apesar de valer super a pena!). Pra quem começou a estudar com antecedência, é um caminho certo pra gabaritar muitas questões.

Também é uma boa hora para quem quer fazer cursos de teoria. Sobre isso, já falei um pouco aqui. Pode ser um curso específico, ou de matérias básicas, tudo depende do seu nível de conhecimento e da sua disponibilidade.

Se faltam de três a seis meses para a prova, é hora de ir dando mais atenção à resolução de questões e à confecção de resumos, coisas que te ajudarão a relembrar o conteúdo de forma rápida no futuro. Aqui, você vai só preparando o terreno para a reta final. É claro que, para isso, você já precisa ter ao menos noção do conteúdo, porque não adianta nada ir direto às questões e sair errando tudo (pode até ser um golpe na sua autoestima). Então, comece a dividir seu tempo de estudo com uma prioridade maior aos resumos e questões, mas ainda deixando tempo para ler conteúdos que ainda não foram aprendidos (como uma matéria que passou a ser cobrada recentemente nos concursos, ou o regimento interno do órgão no qual você quer passar).

Se falta menos de três meses para a prova, é hora de começar a entrar no ritmo de reta final: vá aumentando gradativamente a prioridade das revisões, conforme você vai “fechando” os conteúdos do edital. A ideia é que você tenha todo o conteúdo em resumos e esquemas rápidos, para ir revisando até a exaustão – até você achar ridículo recitar as competências privativas da União, ou os princípios orçamentários etc. Essa também pode ser uma boa hora para pesquisar cursos intensivos – do tipo pacotão ou de exercícios, daqueles em que você vai dar uma revisada geral no conteúdo, tirar dúvidas que ainda persistam e aprender conteúdos mais ninjas. Além disso, comece a tirar um dia por semana para fazer provas inteiras (pegue no site da banca que irá aplicar sua prova, e faça tudo como no dia da prova, contando o tempo, fazendo a redação, marcando as respostas como se fosse de verdade).

Nessa etapa, é muito bom reunir alguns colegas que estejam mais ou menos no mesmo grau de preparo para o concurso e fazer estudo em grupo. Talvez seu colega se saia melhor em direito administrativo, e você se saia melhor em gramática, enfim... Um vai tirando as dúvidas do outro. Vocês podem aproveitar para decorar conteúdos mais longos, dando “aulas” uns para os outros. Eu sugiro fazer o seguinte: separem conteúdos distintos; cada um lê um conteúdo/resumo em quinze minutos; um vai explicando, e os outros vão conferindo se tudo foi falado, se houve algum erro. É ótimo aproveitar esses momentos, e é menos cansativo. Continue utilizando esse método até as vésperas da prova.

No mês anterior à sua prova, o ideal é que você tenha feito centenas de questões de cada matéria, tenha lido o conteúdo nos livros, tenha relido seu caderno umas vinte vezes, e esteja com resumos e mapas mentais prontos pra revisar, revisar e revisar. É claro que isso é um ideal: pode ser que você tenha deixado o regimento interno do órgão para a última hora, ou aquelas resoluções pequenas e chatas sobre regulação não-sei-das-quantas. Então, continue revisando o conteúdo que você já fechou, e comece a reservar um tempo para ler diversas vezes esses conteúdos que são específicos daquela prova X.

Na semana da prova, imagino que você estará enjoado de reler tantas vezes as regras de colocação pronominal, ou as diferenças entre Windows e Linux, ou a composição do Conselho Nacional de Justiça. Sim, o método é esse. Todos esses meses de preparação e disciplina serviram pra deixar tudo pronto para que você possa retomar as matérias em dez, quinze minutos. Deixe os exercícios de lado, não tente aprender coisas novas agora. Use seus livros apenas para revisão – relendo aqueles parágrafos cheios de marcações de questões de prova. Abuse dos mapas mentais!

E comece a desacelerar (sim, parece loucura, é tentador ficar bitolando, mas seu cérebro com certeza precisa descansar). Faça uma caminhada todo dia para ir oxigenando o cérebro, reduza um pouco a carga horária de estudos, e fique tranquilo: o trabalho maior você fez durante meses, e está tudo na sua cabeça. Fritar os neurônios só vai te causar pânico na hora da prova, então deixe a cabeça respirar um pouco.

Na véspera da prova, relaxe! Se você se manteve firme na preparação até aqui, saberá a maioria dos conteúdos na ponta da língua, então mantenha o controle emocional e se dê uma recompensa por ter sido tão disciplinado por tanto tempo, vá fazer algo que te dê prazer e te deixe feliz no dia D!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Surtando na hora da prova


Eu acho que todo mundo que já fez algum concurso pra valer na vida sabe como é quando começa a bater aquele pânico de ver milhares de pessoas atravessando os portões, entrando nas salas, colocando canetas e barrinhas de cereais em cima da mesa... De ver os fiscais pra lá e pra cá conferindo as identidades, mandando você guardar seu relógio (por que, meu Deus?) e indicando seu lugar.

Aposto que só de ler isso já bateu um frio na barriga...

A questão é que é fundamental saber lidar com esse sentimento na hora da prova, porque ele pode ser o seu maior inimigo, pode botar a perder todas as centenas de questões resolvidas, as horas estudadas e as constituições revisadas. Então, vou sugerir algumas técnicas para lidar com a ansiedade – e sim, com o desespero – na hora da prova.

O controle das emoções começa muito antes da sua prova. Primeiro, é importante que você saiba dosar o lazer e o descanso ao longo da sua preparação. Pessoas excessivamente estressadas tendem a não funcionar nas horas mais importantes. Então, reserve tempo pra dormir e relaxar. Eu, pessoalmente, tenho dificuldades pra dormir, então preciso de 8 horas por noite. Menos que isso, é só uma questão de tempo até adoecer. Mas cada um tem seu ritmo e seu relógio biológico, então preste atenção ao seu corpo.

Também recomendo um momento de lazer todo dia. Você não precisa ir ao cinema toda vez, nem ficar horas na frente do computador, mas uma hora por dia de descontração pode fazer toda a diferença no seu rendimento. Nas minhas épocas mais bitoladas de estudo, engatava 10 horas por dia com a cara nos livros, mas tirava meia hora depois do almoço e meia hora antes de dormir pra assistir alguma coisa (de preferência, Friends! Heheheh). Assim, dava uma relaxada, ria um pouco e recarregava as energias.

Além disso, também é importante você exercitar seu controle emocional pra quando a ansiedade vier com tudo (principalmente na hora que entregarem seu caderno de provas). Respirar fundo e bem devagar ajuda bastante, então feche os olhos, respire fundo umas cinco vezes, lembrando que você estudou, fez sua parte e agora é hora de relaxar e pôr em prática o que você aprendeu.

Uma coisa que eu aprendi e que ajuda muito é a meditação. Claro que você não vai tentar atingir o nirvana no meio da prova, mas se o coração disparar e você começar a suar frio, dez minutos de meditação podem ser muito mais úteis do que tentar fazer tudo no desespero. Lembre que nessas horas é quando a gente sai marcando itens errados, borra na redação, dá branco, aí uma coisa vai levando à outra e a gente acaba jogando a toalha. Então, aprender a se controlar antes de tudo acontecer é o melhor que você faz.

(Alguns lugares que oferecem prática de meditação são a Sociedade Vipássana, o templo Shin Budista e o centro budista tibetano KagyüPende Gyamtso).

Ainda antes da prova, recomendo que você deixe os livros de lado na véspera do concurso e tire o dia pra relaxar o corpo e o cérebro. Vá tomar um sol, dar uma volta, assistir a um filme no cinema (daqueles pra se acabar de rir), namorar, almoçar em um lugar legal, qualquer coisa que tire seu pensamento da bitolação por umas horas. Se você ainda não aprendeu algum conteúdo que pode cair na prova amanhã, meu querido, não vai ser o sábado à noite que vai resolver a sua vida...

Você também pode recorrer à espiritualidade (vai de cada um) nos momentos de ansiedade. Rezar, pedir força, serenidade, disciplina, isso acalma muitas pessoas nas horas difíceis. Só não adianta enrolar durante três meses e achar que Deus, Buda ou Alá têm culpa se você não passar. Se você estudou “igual à sua cara” e passou, parabéns, você tá com a sorte afiada! Mas eu sou da teoria de que a sorte só encontra quem já está preparado.

Por fim, uma coisa que faço quando me bate o famoso branco é: calma, você estudou essa matéria, tá tudo dentro da sua cabeça! E apelo pro “brainstorm” (ou tempestade cerebral): se eu não lembro se direito civil é ou não matéria de competência privativa da União, começo a enumerar todas as competências privativas que me vêm à cabeça. Se não deu certo, começo a pensar nas competências concorrentes. Se não deu certo, tento lembrar se ela é rosa ou amarela (vai entender...). Se ainda não deu, penso “vou lembrar disso daqui a pouco” e sigo fazendo as questões. Nem sempre funciona, mas ao menos evita que eu entre em pânico e comece a chorar nos quinze minutos do primeiro tempo.

E ainda há muitas outras coisas que você pode fazer pra evitar surpresas na hora da prova e, consequentemente, mais nervosismo. Você tem que controlar a ansiedade antes, porque se deixar pra pensar nisso só na hora que entregarem seu caderno de prova, pode ser que você esteja num momento de insegurança, de medo dos outros candidatos, de culpa por não ter estudado mais etc., e pode ter certeza de que isso é um dos mecanismos de “seleção natural” de muitos concurseiros preparados por aí!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

E daí que você se matou de estudar?!


Quem aqui nunca passou por essa situação: você se matou de estudar, sacrificou seu feriado e seus finais de semana, decorou o art. 5º e o 37, resolveu vinte provas de português e... Não passou! Sim, é pra morrer de ódio. Vale chorar, xingar a banca, arrancar os cabelos, comer uma barra gigante de chocolate sozinho.

E tá na hora de fazer uma autoavaliação.

Com o passar do tempo, você percebe que ser aprovado em um concurso não tem relação direta com a quantidade de horas de estudo, nem com a quantidade de questões resolvidas sobre determinado assunto. “Mas p$%#$&, tem a ver com o que então?!”.

Se você chegou até aqui e sua aprovação ainda não saiu, eu sugiro que você sente e comece a refletir sobre alguns aspectos importantes – que podem estar fazendo toda a diferença nos seus resultados.

Como você está distribuindo seu tempo de estudo? Você já montou um quadro de horários? Ou continua estudando só aquilo que te dá vontade no dia? Se já montou uma grade, você tem seguido à risca? Tem feito as alterações necessárias, conforme varia seu rendimento em cada matéria? Talvez sua divisão de tempo esteja precisando de uma mudança.

Como está a qualidade do seu estudo? Você estuda concentrado? Ou, quando chega a hora de estudar, já está morto de cansaço? Talvez seja o caso de você acordar mais cedo e aproveitar o cérebro mais descansado, do que ficar até tarde tentando entender a página que você acabou de ler. O sono é fundamental pra quem estuda!

Além disso, não adianta aloprar e achar que 14 horas de estudo todo santo dia são a resposta pra vida. O cérebro tem seus limites, e você precisa reconhecer a hora de parar. Já ouvi várias histórias de pessoas que simplesmente surtaram na hora da prova (branco total, piriri, choradeira, vômitos e por aí vai...), porque não se deram o descanso necessário ao longo da preparação.

Você tem cuidado da sua saúde física e mental? Você tem dormido bem e acordado com disposição? Sua alimentação está variada e saudável? Tem comido alimentos que fazem bem à memória, à digestão? Tem feito algum exercício físico pra dar uma “ventilada” no corpo e no cérebro? Lembre-se que seu corpo precisa de descanso e de atividade física: melhora a circulação (o que é ótimo pra quem passa horas sentado estudando), aumenta a oxigenação no cérebro e, consequentemente, melhora o desempenho nos estudos. Se for preciso, faça uma caminhada ao som de alguma aula gravada – lembre-se de otimizar otempo.

E o lazer, como está? Você tem reservado um tempo por semana pra ir ao cinema, namorar, ver a família ou ir a um barzinho com os amigos? Não pense que se isolar do mundo vai resolver seus problemas nessa hora. Melhor tirar o sábado à noite pra descontrair do que passar num concurso com depressão! Agora, pode ser que você esteja caprichando demais no lazer. Chegar muito tarde no fim de semana vai comprometer seu rendimento no dia seguinte, e sair demais com certeza vai aumentar sua dose de preguiça.

E no mais, como está seu rendimento em cada matéria especificamente? Numa escala de zero a cem, qual é sua margem de acerto numa bateria de questões? Quais conteúdos você sempre erra / esquece? O que você ainda não sabe na ponta da língua e de trás pra frente? Trate de ir decorando aos poucos, sempre se lembrando de revisar o que já sabe.

Bom, deu pra ver que, basicamente, voltamos à “estaca zero” nesse ponto? Hora de repensar a escolha do concurso, o método de preparação, a divisão de tempo etc. tudo de novo. Não, não é fácil mesmo. Mas é simples. Trata-se de rever suas estratégias, identificar os pontos fracos e corrigir os erros até passar. Eu já tive que redesenhar meu quadro horário várias vezes, tive que abrir mão de alguns concursos para dar prioridade a outros, tive que reconhecer que estava estudando demais, tive que aprender a valorizar a atividade física como elemento da minha preparação... Sim, já levei muitos tapas na cara, e continuo na luta.

Resumindo, não se desespere porque a nomeação ainda não chegou. O processo é esse mesmo, e o segredo é você se avaliar sempre, abrir a cabeça para os seus erros e suas sabotagens, testar seus limites e reconhecer a hora de recuar. Se você aprender alguma coisa com seus erros a cada prova, é só uma questão de tempo.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A utilidade dos mapas mentais


Uma das formas mais rápidas de recuperar/reforçar o conteúdo aprendido é por meio de resumos. E uma das formas mais eficientes de se fazer resumos é por meio de mapas mentais. Muitos já conhecem essa ferramenta, mas algumas pessoas não sabem por onde começar. Então, vou mostrar por aqui e dar uns exemplos.

Esses resumos visuais não passam de um esquema em que você tenta dispor o conteúdo por meio de imagens, cores, pequenos comentários, palavras chave etc. A ideia é que você consiga revisar determinado conteúdo em questão de cinco a dez minutos, apenas observando as imagens, palavras, setas e correlações.

É claro que, para isso, primeiro você terá que ler o conteúdo no livro/caderno algumas vezes, de modo que saiba diferenciar o que é fundamental do que é menos importante. A partir daí, você vai dispondo no papel (ou no computador) as informações principais, para depois ir ligando às informações secundárias, sejam escritas, sejam em imagens.

Isso pode levar um tempo, mas depois que estiver pronto, provavelmente você não terá que voltar mais àquela parte do seu livro ou caderno. Revisar o conteúdo disposto em um mapa mental leva pouquíssimo tempo (o que é extremamente útil nos dias mais próximos da prova) e aumenta sua capacidade de memorizar, pois é muito mais fácil se lembrar de desenhos e setinhas do que de um capítulo inteiro do livro de constitucional.

Como eu disse, você pode fazer isso tanto no papel quanto no computador. No papel, demora um pouco mais, mas você pode deixar mais personalizado, colorir mais, desenhar coisas que venham à cabeça na hora – e, particularmente, eu fixo mais quando eu mesma desenho/escrevo.

Resumo sobre Lideranças na Câmara dos Deputados: você desenha do jeito que quiser, com os tamanhos, cores, destaques etc. que você achar melhor. Demora mais, mas você vai lembrar de muito mais coisa.


No computador, as opções são mais restritas, porque você se limita aos desenhos/cores/formatos que estão disponíveis no programa utilizado. O lado bom é a rapidez com que os resumos ficam prontos. Além disso, é possível armazenar num pendrive, no celular, no iPod, enfim, dá pra levar muitos resumos pra cima e pra baixo ocupando pouco espaço. Eu costumo utilizar o aplicativo Freemind (há a versão para computador, e também já vi para celulares Android), super fácil de achar pra download, super fácil de mexer. E os arquivos ocupam pouquíssimo espaço em disco, então não será um problema fazer dezenas/centenas de resumos. 

Mapa mental de Regimento Comum do Congresso Nacional, sobre redação final e autógrafos, feito no Freemind. Dá pra mudar cores, efeitos visuais e colocar alguns desenhos.

Pra você ter uma ideia melhor de como esses mapas podem ser úteis, depois dá uma olhadinha nesse blog. Mas não se limite a copiar os resumos já feitos, faça os seus pra ver como a fixação do conteúdo será muito maior.

Dá trabalho, mas você vai agradecer a si mesmo por ter feito isso quando faltarem cinco dias pra sua prova e você conseguir retomar conteúdos que tomariam mil páginas/três semanas da sua vida!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Apoio externo


Todo mundo que engata um grande projeto sabe da importância de obter apoio das pessoas ao seu redor – familiares, amigos, marido/esposa, colegas de trabalho etc. Mas, infelizmente, nem sempre essas pessoas estarão dispostas a compreender e apoiar seus objetivos – e, quando se trata de estudar pra concurso, essa realidade é bem frequente. Como lidar com isso?

Em primeiro lugar, procure lidar com as pessoas que estão em maior contato diário com você. Se você mora sozinho, será mais fácil estabelecer seu ritmo e suas regras; mas, se você mora com familiares ou amigos – enfim, pessoas que podem influenciar sua rotina e suas decisões –, será necessário decidir até onde irá compartilhar seus objetivos e sua jornada.

Se você recebe apoio dentro de casa, ótimo. Se não é esse seu caso, então você pode apelar para uma conversa, mostrando seu planejamento de estudo, a carreira para a qual está se preparando, os benefícios etc. Se isso não for adiantar para conquistar apoio, talvez seja melhor não comentar sobre esse assunto.

E essa é uma das dicas mais importantes: comente sobre seus estudos apenas com quem irá acrescentar algo bom à sua experiência. Se sua mãe acha que concurso “é tudo uma palhaçada”, se seu melhor amigo acha um absurdo você querer “ficar o dia todo carimbando papel”, se seu vizinho prefere “não se limitar ao contracheque do serviço público”, deixe para conversar sobre concursos com outras pessoas.

Procure aquele parente que dá a maior força nos estudos, ou o amigo que se oferece para estudar com você, ou aquela pessoa que conseguiu uma vaga num excelente órgão e que serve de inspiração para você. Deixe os demais “de fora”, simplesmente evite falar no assunto. Cada um tem seus valores e objetivos de vida, não deixe os outros menosprezarem suas ambições e suas escolhas.

O mesmo vale para aquelas pessoas que acham que você já deveria ter passado no Instituto Rio Branco porque está estudando há mais de um ano, ou aquelas que ficam toda hora perguntando “e aí, já passou em algum concurso?”, ou – pior ainda – aquelas que, depois de você ser reprovado em um concurso que queria muito, ainda soltam um “não te disse?”. Desvie a conversa para outro assunto.

Busque apoio nas pessoas certas, aquelas que irão te consolar quando a aprovação não vier, que irão compreender quando você abrir mão da sexta à noite para estudar, aquelas que dirão “calma, você tá quase lá!”. Nem sempre essas pessoas serão da família ou amigos próximos, cabe a você saber quem está te colocando pra cima e tomar uma certa distância dos comentários negativos.

Afaste-se temporariamente – e na medida do possível – de todas as pessoas que, de alguma forma, arrastam seus pensamentos e sua energia para longe da sua aprovação. Aquele amigo que vive insistindo para você sair no fim de semana e perder “só mais essa aula”, ou o colega que vive dizendo que você deveria parar de estudar para concurso e tentar aquela promoção. Certifique-se de que está cercado de pessoas que acreditam no mesmo que você e que o ajudarão a renovar os ânimos quando for preciso.

Outra dica fundamental em todo o processo é: não faça (nem aceite) comparações! Você é você, e não seu amigo que passou pra Anatel com seis meses de estudo. A comparação é boa quando é feita com seus próprios resultados. Avalie seu rendimento a cada prova, a cada simulado, a cada tarde de exercícios. Desafie-se a atingir um percentual maior de acertos, a ficar entre os cem primeiros em determinada prova, mas jamais se compare com o colega da biblioteca que “sabe tudo e eu não sei nada”. Esse tipo de comparação só serve para desmotivar e fazer você pensar que todo mundo é melhor e todo mundo vai passar antes.

Compare-se com você mesmo, prova a prova, e dê seu máximo. Mas não se iluda: a ideia é você não se comparar com pessoas próximas, para que isso não cause frustração e até desavenças. Porém, não se esqueça de que a concorrência está toda lá. Lembre-se do passo a passo sobre como escolher o concurso, como avaliar seu desempenho etc.

E continue fazendo o melhor com o que a vida te deu. Se não encontra apoio em determinadas pessoas, procure em outras, comece a reconhecer quem está realmente do seu lado e irá apoiá-lo quando as dificuldades surgirem.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Recursos – como e quando fazer



Essa é uma das partes mais estressantes em toda prova de concurso público. Por isso mesmo, algumas pessoas perdem a cabeça durante horas na frente do computador, e outras simplesmente desistem. A verdade é que a fase dos recursos é fundamental para qualquer candidato bem preparado, e é preciso seguir alguns passos para garantir que está tudo ok e para não criar estresse desnecessário – afinal, muitas vezes a própria banca já se encarrega disso!

Em primeiro lugar, veja no edital quanto tempo você terá para interpor recursos ao gabarito preliminar – ou à nota preliminar da discursiva, ou à avaliação preliminar da perícia médica etc. Geralmente, a banca examinadora dá no máximo dois ou três dias (um absurdo, diga-se de passagem). Portanto, atenção. Assim que sair o resultado preliminar, confira sua nota, veja se a banca corrigiu algo errado, se fez alguma soma errada, se você discorda de algum gabarito.

Em relação ao gabarito preliminar de provas objetivas, por exemplo, é muito comum haver fóruns de discussão na internet sobre cada concurso. Neles, você pode encontrar outras pessoas com as mesmas dúvidas, dicas de professores, recursos já elaborados. Além disso, é possível obter informações quanto a recursos nos sites de cursos preparatórios ou em blogs e redes sociais de professores – muitos analisam a prova e deixam seus comentários quanto ao cabimento de recurso. Vale a pena conferir, pois muitos já dão uma análise com um possível recurso, se for o caso.

Nessa hora, não seja “fominha”: não queira achar chifre em cabeça de cavalo, não force a barra tentando cavar pontos de qualquer lugar. Se você não tem certeza quanto ao cabimento de recurso contra determinada questão, consulte algum professor ou especialista, não saia fazendo recursos sem embasamento. Simplesmente não adianta nada.

Alguns professores costumam cobrar (às vezes bem caro!) para elaborar recursos para os candidatos, especialmente em provas discursivas. Mas, se você for encarar essa fase sozinho, aqui vão algumas dicas importantes:

Analise o tipo de erro: houve algum problema no enunciado que gerou ambiguidade? O conteúdo cobrado não consta no edital? Ou você simplesmente discorda do gabarito? Se discordar, veja se aquela questão aceita mais de uma resposta (o que ensejaria anulação), se não há nenhuma resposta correta (o que também geraria anulação) ou se o gabarito veio errado (o que geraria alteração). Peça ao examinador que analise exatamente o equívoco percebido por você, de forma objetiva e justificando seu pedido.

Seja direto: não fique bajulando a “douta banca examinadora”, o “ilustre examinador” etc. Nem fique colocando opiniões pessoais ou juízos de valor, do tipo “eu acredito que...”. Não! Diga apenas o que você quer e pronto. Por exemplo: “Pede-se à banca examinadora a anulação do item, uma vez que o termo ‘x’ gerou ambiguidade, impossibilitando a escolha de uma única resposta correta”; “pede-se à banca a alteração do gabarito de V para F, visto que, ao contrário do que diz o enunciado, a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição Federal, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal expresso na Súmula Vinculante número 5”. E por aí vai... sem puxação de saco nem achismos.

Fundamente seu pedido: como no exemplo citado acima, é importante embasar seu recurso – seja em algum gramático renomado, em caso de questões de português ou de redação discursiva, seja na Constituição, seja em algum autor consagrado, em caso de outras disciplinas. Às vezes, você pode até utilizar como base entendimentos já adotados pela banca em provas anteriores. Sua argumentação objetiva e fundamentada é tudo o que basta para o examinador levar o recurso a sério e fazer uma análise do pedido.

Não copie recursos dos outros: não tem nada a ver com “direitos autorais”, mas muitas bancas simplesmente rejeitam recursos idênticos. Então, se você quer recorrer da mesma questão que o seu colega, não escreva a mesma coisa, e nem dê CTRL+C/CTRL+V no site do professor, pois isso fará com que seu recurso – e de outras pessoas – seja jogado fora. Escreva um texto diferente do que você encontrou, mesmo que tenha os mesmos argumentos.

Salve tudo: arquivos com cada recurso elaborado, gabaritos, cadernos de provas e resultados definitivos. Tudo para comprovar o seu pedido e a resposta da banca, para o caso de você precisar resolver algum problema material ou recorrer ao Judiciário.

Depois disso, relaxe. Não há mais nada que você possa fazer enquanto não sair o resultado definitivo, então vire a página e parta para outros projetos na sua vida – estudar para o próximo concurso, viajar, arranjar um emprego, o que for. E prepare seu coração: todo concurso tem suas injustiças cometidas pela banca. Questões loucas e não anuladas, gabaritos errados e não alterados, gabaritos certos e alterados, tudo pode acontecer. Às vezes valerá a pena comprar uma briga (se o conteúdo não constava no edital, ou se há mais de uma resposta correta para a questão, ou se não há nenhuma, por exemplo), mas, na maioria das vezes, resta apenas engolir seco o que tiver que ser, e torcer pra que aconteça o melhor.