domingo, 22 de dezembro de 2013

Ano novo, cargo novo

Bom, acho que nunca falei aqui sobre como lidar com as ambições na hora de traçar as metas para um concurso público. E ultimamente tenho ouvido bastante sobre esse assunto, acho que pela grande quantidade de editais que foram lançados em 2013, e pela provável escassez que os estudantes profissionais (gostou?) passarão em 2014.

Eu sou do tipo que não para nunca de estudar. Estou sempre aprendendo algo novo, estudando uma matéria nova (pode ser algo pro trabalho, pra um concurso, um idioma, artes, o que for). E sou do tipo ambiciosa - como uma boa sagitariana, tenho mania de achar que a grama do vizinho é mais verde, e é pra lá que eu vou! Por um lado, isso pode me dar aquela "coceira", de nunca estar satisfeita. Mas, por outro lado, isso também me motiva a ir atrás do que é bom, e dar 100% quando quero alguma coisa.

E semana passada escutei uns conselhos de um professor que "por acaso" também é auditor do Tribunal de Contas da União (pausa: meldels, o cara já é auditor e ainda dá aula!), e ele disse o seguinte: se você já está se dando o trabalho de vir pra "porra do cursinho" (sic), então mire lá no alto. Pra que se matar pra passar num concurso que vai te pagar três mil, se você pode se matar pra ganhar vinte? E não é que ele tem toda razão?

Pensa: você já está se dando o trabalho de sair de casa, ir pra aula, pegar seu tempo livre pra estudar, se inscrever nos concursos, ir no domingo fazer prova. Tudo isso pra quê? Quanto vale essa ralação e esse tempo precioso? Vale a pena investir um ano da sua vida pra passar o resto dos seus anos ganhando três mil? Ou será que dá pra forçar um pouco mais o motor e ir logo pra casa dos dez, quinze? Aí entra outra coisa que esse professor/auditor/cabulosão falou: quem estuda pra passar no mais difícil acaba passando nos mais fáceis.

E aí entra também minha experiência pessoal. Desde o início, meu foco foi o Legislativo. Até hoje, meu foco é a "porcaria do Legislativo". Ainda não cheguei lá, mas ainda não desisti. Como sei que esse filé mignon do concurso público é parte das provas mais difíceis e concorridas do Brasil, sempre me forcei ao máximo. Não basta "ir bem" em português, tem que gabaritar. Tem que gabaritar Constitucional, Administrativo, tem que saber a discursiva inteira, tem que saber informática, inglês, tem que tirar 80% ou mais na específica, e por aí vai. É bem aquela coisa, se não aguenta, bebe leite.



Ainda falta um pouco pra eu chegar lá. Porém, nesse meio de caminho já vivi algumas aprovações em concursos mais fáceis (ministério, tribunal), e já tive uns "quases" sem fazer praticamente nenhum esforço específico. Porque, quando você se propõe a chegar no topo, o meio de caminho vem muito mais fácil. Quando você estiver pronto pra passar no melhor, já terá passado em outros muito bons.

Então, fica a dica pra 2014: pense alto, deseje muito, prepare-se pro melhor, pro mais difícil, faças as provas mais faixa-preta, desafie-se! Quem se propõe a correr uma maratona faz 5km batendo papo. E só pra inspirar, fica uma frase que eu adoro, do Nicolas Poussin:



"O que vale a pena ser feito vale a pena ser bem feito".

Feliz Natal e um 2014 recheado de conquistas pra todos nós!