quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

E daí que você se matou de estudar?!


Quem aqui nunca passou por essa situação: você se matou de estudar, sacrificou seu feriado e seus finais de semana, decorou o art. 5º e o 37, resolveu vinte provas de português e... Não passou! Sim, é pra morrer de ódio. Vale chorar, xingar a banca, arrancar os cabelos, comer uma barra gigante de chocolate sozinho.

E tá na hora de fazer uma autoavaliação.

Com o passar do tempo, você percebe que ser aprovado em um concurso não tem relação direta com a quantidade de horas de estudo, nem com a quantidade de questões resolvidas sobre determinado assunto. “Mas p$%#$&, tem a ver com o que então?!”.

Se você chegou até aqui e sua aprovação ainda não saiu, eu sugiro que você sente e comece a refletir sobre alguns aspectos importantes – que podem estar fazendo toda a diferença nos seus resultados.

Como você está distribuindo seu tempo de estudo? Você já montou um quadro de horários? Ou continua estudando só aquilo que te dá vontade no dia? Se já montou uma grade, você tem seguido à risca? Tem feito as alterações necessárias, conforme varia seu rendimento em cada matéria? Talvez sua divisão de tempo esteja precisando de uma mudança.

Como está a qualidade do seu estudo? Você estuda concentrado? Ou, quando chega a hora de estudar, já está morto de cansaço? Talvez seja o caso de você acordar mais cedo e aproveitar o cérebro mais descansado, do que ficar até tarde tentando entender a página que você acabou de ler. O sono é fundamental pra quem estuda!

Além disso, não adianta aloprar e achar que 14 horas de estudo todo santo dia são a resposta pra vida. O cérebro tem seus limites, e você precisa reconhecer a hora de parar. Já ouvi várias histórias de pessoas que simplesmente surtaram na hora da prova (branco total, piriri, choradeira, vômitos e por aí vai...), porque não se deram o descanso necessário ao longo da preparação.

Você tem cuidado da sua saúde física e mental? Você tem dormido bem e acordado com disposição? Sua alimentação está variada e saudável? Tem comido alimentos que fazem bem à memória, à digestão? Tem feito algum exercício físico pra dar uma “ventilada” no corpo e no cérebro? Lembre-se que seu corpo precisa de descanso e de atividade física: melhora a circulação (o que é ótimo pra quem passa horas sentado estudando), aumenta a oxigenação no cérebro e, consequentemente, melhora o desempenho nos estudos. Se for preciso, faça uma caminhada ao som de alguma aula gravada – lembre-se de otimizar otempo.

E o lazer, como está? Você tem reservado um tempo por semana pra ir ao cinema, namorar, ver a família ou ir a um barzinho com os amigos? Não pense que se isolar do mundo vai resolver seus problemas nessa hora. Melhor tirar o sábado à noite pra descontrair do que passar num concurso com depressão! Agora, pode ser que você esteja caprichando demais no lazer. Chegar muito tarde no fim de semana vai comprometer seu rendimento no dia seguinte, e sair demais com certeza vai aumentar sua dose de preguiça.

E no mais, como está seu rendimento em cada matéria especificamente? Numa escala de zero a cem, qual é sua margem de acerto numa bateria de questões? Quais conteúdos você sempre erra / esquece? O que você ainda não sabe na ponta da língua e de trás pra frente? Trate de ir decorando aos poucos, sempre se lembrando de revisar o que já sabe.

Bom, deu pra ver que, basicamente, voltamos à “estaca zero” nesse ponto? Hora de repensar a escolha do concurso, o método de preparação, a divisão de tempo etc. tudo de novo. Não, não é fácil mesmo. Mas é simples. Trata-se de rever suas estratégias, identificar os pontos fracos e corrigir os erros até passar. Eu já tive que redesenhar meu quadro horário várias vezes, tive que abrir mão de alguns concursos para dar prioridade a outros, tive que reconhecer que estava estudando demais, tive que aprender a valorizar a atividade física como elemento da minha preparação... Sim, já levei muitos tapas na cara, e continuo na luta.

Resumindo, não se desespere porque a nomeação ainda não chegou. O processo é esse mesmo, e o segredo é você se avaliar sempre, abrir a cabeça para os seus erros e suas sabotagens, testar seus limites e reconhecer a hora de recuar. Se você aprender alguma coisa com seus erros a cada prova, é só uma questão de tempo.

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