Quem aqui nunca passou por essa situação: você se matou de
estudar, sacrificou seu feriado e seus finais de semana, decorou o art. 5º e o
37, resolveu vinte provas de português e... Não passou! Sim, é pra morrer de
ódio. Vale chorar, xingar a banca, arrancar os cabelos, comer uma barra gigante de chocolate
sozinho.
E tá na hora de fazer uma autoavaliação.
Com o passar do tempo, você percebe que ser aprovado em um
concurso não tem relação direta com a quantidade de horas de estudo, nem com a
quantidade de questões resolvidas sobre determinado assunto. “Mas p$%#$&,
tem a ver com o que então?!”.
Se você chegou até aqui e sua aprovação ainda não saiu, eu sugiro
que você sente e comece a refletir sobre alguns aspectos importantes – que podem
estar fazendo toda a diferença nos seus resultados.
Como você está distribuindo seu tempo de estudo? Você já
montou um quadro de horários? Ou continua estudando só aquilo que te dá vontade
no dia? Se já montou uma grade, você tem seguido à risca? Tem feito as
alterações necessárias, conforme varia seu rendimento em cada matéria? Talvez
sua divisão de tempo esteja precisando de uma mudança.
Como está a qualidade do seu estudo? Você estuda
concentrado? Ou, quando chega a hora de estudar, já está morto de cansaço?
Talvez seja o caso de você acordar mais cedo e aproveitar o cérebro mais
descansado, do que ficar até tarde tentando entender a página que você acabou
de ler. O sono é fundamental pra quem estuda!
Além disso, não adianta aloprar e achar que 14 horas de
estudo todo santo dia são a resposta
pra vida. O cérebro tem seus limites, e você precisa reconhecer a hora de parar.
Já ouvi várias histórias de pessoas que simplesmente surtaram na hora da prova (branco total, piriri, choradeira,
vômitos e por aí vai...), porque não se deram o descanso necessário ao longo da
preparação.
Você tem cuidado da sua saúde física e mental? Você tem
dormido bem e acordado com disposição? Sua alimentação está variada e saudável?
Tem comido alimentos que fazem bem à memória, à digestão? Tem feito algum
exercício físico pra dar uma “ventilada” no corpo e no cérebro? Lembre-se que
seu corpo precisa de descanso e de atividade física: melhora a circulação (o
que é ótimo pra quem passa horas sentado estudando), aumenta a oxigenação no
cérebro e, consequentemente, melhora o desempenho nos estudos. Se for preciso,
faça uma caminhada ao som de alguma aula gravada – lembre-se de otimizar otempo.
E o lazer, como está? Você tem reservado um tempo por semana
pra ir ao cinema, namorar, ver a família ou ir a um barzinho com os amigos? Não
pense que se isolar do mundo vai resolver seus problemas nessa hora. Melhor tirar
o sábado à noite pra descontrair do que passar num concurso com depressão!
Agora, pode ser que você esteja caprichando
demais no lazer. Chegar muito tarde no fim de semana vai comprometer seu
rendimento no dia seguinte, e sair demais com certeza vai aumentar sua dose de
preguiça.
E no mais, como está seu rendimento em cada matéria
especificamente? Numa escala de zero a cem, qual é sua margem de acerto numa
bateria de questões? Quais conteúdos você sempre
erra / esquece? O que você ainda não
sabe na ponta da língua e de trás pra frente? Trate de ir decorando aos poucos,
sempre se lembrando de revisar o que já sabe.
Bom, deu pra ver que, basicamente, voltamos à “estaca zero”
nesse ponto? Hora de repensar a escolha do concurso, o método de preparação, a divisão
de tempo etc. tudo de novo. Não, não é fácil mesmo. Mas é simples. Trata-se de
rever suas estratégias, identificar os pontos fracos e corrigir os erros até
passar. Eu já tive que redesenhar meu quadro horário várias vezes, tive que
abrir mão de alguns concursos para dar prioridade a outros, tive que reconhecer
que estava estudando demais, tive que aprender a valorizar a atividade física
como elemento da minha preparação... Sim, já levei muitos tapas na cara, e
continuo na luta.
Resumindo, não se desespere porque a nomeação ainda não chegou.
O processo é esse mesmo, e o segredo é você se avaliar sempre, abrir a cabeça
para os seus erros e suas sabotagens, testar seus limites e reconhecer a hora de recuar. Se você aprender alguma coisa com seus erros a cada prova, é só uma questão de tempo.
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